Se há muitas repúblicas das bananas por esse mundo fora, as Honduras é que o são na verdadeira acepção da palavra, com as ditas bananas a pesarem cada vez mais no volume das exportações do país (66% em 2013).
Mas não só: têm também Cópan, muito perto da fronteira com a Guatemala, que foi um dos principais centros da civilização maia na América Central.
A região terá sido habitada desde 1500 a.c. por gentes vindas da Mongólia, mas a história dos maias teve início em 150 d.c., com uma organização por dinastias, que a partir de 400 e durante quatro séculos, passou pela mão de dezasseis reis que foram construindo um impressionante conjunto de palácios (ver maquete), em vários planos com grandes desníveis, notável também pelas esculturas que decoravam grandes muros.
Por volta de 850, doenças, fome, sede e guerras foram provocando um rápido declínio e Cópan foi-se transformando em ruínas cobertas de selva e desabitadas. Foi assim que o encontrou Diogo García de Palácio, o primeiro espanhol que chegou a estas paragens. Cópan acabou por ser comprado por 50 dólares, em 1839, pelo diplomata americano John Lloyd Stevens.
Em 1980, foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO.
Por lá andei hoje, debaixo de um sol bastante abrasador. Mas «ça mérite un détour», como continuam a rezar os velhos guias Michelin.
Ficam aqui algumas fotos (poucas,,,) e um vídeo.
Maquete de Cópan, no tempo dos maias:
1 comments:
"...por gentes vindas da Mongólia..." Da Mongólia, Joana Lopes? Isto é, atravessando o estreito de Bering, o Alaska, os actuais Canadá e EUA, até chegar à América Central? Todos os povos americanos pré-colombianos vieram da Ásia, é claro, mas isso não foi um processo que se estendeu por milhares de anos, de tal modo que filiações directas são difíceis de estabelecer?
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