Foi há 49 anos que a capital do Camboja, Phnom Penh, foi tomada pelo Khmer Vermelho. Seguiram-se quatro anos de terror, num processo brutal que tinha como objectivo a criação de uma sociedade comunista puramente agrária e do qual resultou um genocídio que eliminou 20 a 25% da população (cerca de dois milhões de pessoas, embora não haja números exactos). Uma das consequências absolutamente impressionante e visível, mesmo para o turista desprevenido, é que o Camboja é hoje um país quase sem velhos: a grande maioria dos que teriam actualmente cerca de 70 anos, ou mais, desapareceu.
Estive lá em 2009 e, por muitos ou poucos anos que ainda viva, nunca esquecerei um dos mais célebres killing fields, situado nos arredores de Phnom Pehn, onde se encontra o Museu do Genocídio de Tuol Sleng. Numa antiga escola transformada em prisão e nos terrenos que a rodeiam, terão sido torturadas e assassinadas cerca de 10.000 pessoas – homens, mulheres e muitas crianças –, como testemunham largas centenas de fotografias expostas em grandes painéis. É um museu muito simples, impressionante pobre, mas terrível.
Há muita literatura sobre este período negro de uma parte importante do sudoeste asiático, há um grande filme (The Killing Fields, Terra Sangrenta, em português). Para ver dois pequenos vídeos impressionantes clicar AQUI.
Há muita literatura sobre este período negro de uma parte importante do sudoeste asiático, há um grande filme (The Killing Fields, Terra Sangrenta, em português). Para ver dois pequenos vídeos impressionantes clicar AQUI.
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1 comments:
"Há muita literatura sobre este período negro de uma parte importante do sudoeste asiático...)
Felizmente, que há para podermos perceber melhor como o "mundo funciona".
E uma delas é o livro de - Vincent Bevins, The Jakarta Method: Washington’s Anti-communist Crusade and the Mass Murder Program That Shaped Our World .
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