«Finalmente, Dijsselbloem é oficialmente considerado uma besta. Demorou, mas lá chegámos. (…)
Como todos já devem ter conhecimento, excepto os que felizmente estavam bêbedos, Dijsselbloem disse que os países do Sul gastam tudo em álcool e mulheres. O mais incrível é dizer isto como se fosse mau. Quem me dera ter gasto tanto dinheiro em boémia como gastei em bancos. A verdade é que enquanto a nossa taxa de alcoolemia subia, o partido de Jeroen Dijsselbloem caía dos 25% para os 6%.
Tenho a teoria que esta generalização é conversa de quem passou muito tempo com o Durão Barroso. Por outro lado, desconfio que isso, vinho e mulheres, foi o que andou a fazer a troika quando cá esteve por isso não deu por nada no nosso sistema financeiro. (…)
Eu sou dos que gastam dinheiro em álcool, mas confesso que a minha dúvida, quando vou para borga, é sempre a mesma: "bebo mais um Famous Grouse ou poupo para pagar uma tese de mestrado a um indivíduo que perceba disso e aldrabo o meu currículo?" Já em termos de gastos com o sexo feminino, tenho de reconhecer que, por acaso, a única vez que gastei dinheiro numa mulher foi em Amesterdão. Teve de ser. Era o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa.
Resumindo, percebo que um indivíduo com o ar do Dijsselbloem ache que para ter mulheres é preciso pagar. Felizmente, não tenho esse problema. O meu problema tem sido o dinheiro que tenho gasto com homens, dado que não há banqueiros do sexo feminino. Em Portugal, temos um vício terrível em gastar dinheiro com malta do sexo masculino, basta dizer que o Mexia ganhou 5,5 mil euros por dia na EDP em 2016. Ou seja, acabo a gastar uma fortuna com um homem e depois não posso desfrutar do sexo feminino, na sua plenitude, porque tenho de apagar a luz porque está caríssima.
No fundo, isto não passa de inveja. Temos boas praias, mulheres bonitas, bom vinho, boa comida e eles têm tulipas. E só não temos mais para gastar nos nossos belos vícios porque muitas das nossas empresas fogem para os "paraísos fiscais" na Holanda. Dá vontade de beber para esquecer.»
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