Fidel Castro fez ontem mais uma aparição em público, num acto comemorativo do 57º aniversário do assalto ao quartel de Moncada, que marcou o início da revolução cubana, em 26 de Julho de 1953. Facto que não passou despercebido: pela primeira vez, desde há quatro anos, tirou do armário a sua velha camisa verde.
Entretanto, especula-se sobre a hipótese de Fidel se deslocar amanhã a Santiago de Cuba, quando os cubanos esperam com grande expectativa, nesta fase conturbada da vida do país, o discurso do seu irmão Raúl. Quem não faltará garantidamente, como orador de honra, será… Hugo Chávez.
El País de hoje publica um polémico artigo de Mario Vargas Llosa sobre a «libertação» dos presos cubanos e o papel que Espanha tem representado:
«Es ingenuo pensar que la excarcelación de unas decenas de presos políticos constituye una reforma sustantiva de la política del régimen contra la oposición. Uno de los rasgos más repugnantes de la dictadura caribeña ha sido su vieja costumbre de regalar presos a los políticos occidentales que iban a hacer el besamanos al dictador, para que ganaran bonos en sus países como salvadores y dieran testimonio de lo flexible que podía ser el régimen cuando era tratado con comprensión. Este innoble tráfico de carne humana en las relaciones públicas puede permitírselo sin riesgo alguno una satrapía cuya reserva de prisioneros políticos es un barril sin fondo, y reemplaza a discreción los presos que ofrece a sus huéspedes importantes. (…)
Me pregunto si la incomprensible e inmoral política del Gobierno socialista español de colaboración con el castrismo no es una manera para sus dirigentes de demostrarse a sí mismos que no es verdad que hayan dejado de ser socialistas, que ahí está la prueba, lo que hacen para salvarle la vida a la acorralada revolución cubana, que, aunque haya cometido muchos errores, es todavía el emblema de aquel socialismo que fue el suyo, cuando eran jóvenes y utópicos y creían que la peor de las lacras de la humanidad fue la aparición del capitalismo egoísta y vil.»
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4 comments:
Cuba é um museu vivo que deve ser preservado o mais tempo possível, embora a sua manutenção saia cara ao povo cubano.
Mas este povo terá que ser compensado pela sua hibernização.
Foi pena terem desaparecido da europa museus semelhantes, tipo Albânia de Henver Hoxa.
E em Portugal talvez fosse interessante o 25 de Novembro ter sido adiado para 2005, para podermos falar com conhecimento de causa.
Muito acre para meu gosto caro septuagenário...
Não me importava que o 25 de Novembro tivesse sido outro, mas não necessariamente pelos motivo que refere.
pagar para ver!
...talvez o Saramago não se tivesse afastado da política e tivesse lutado com outras armas pela liberdade de expressão em Portugal... ou até talvez contra a liberdade de expressão...
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