24.6.20

“Se começar a correr mal, não vai haver responsabilidade política, as pessoas é que se terão portado mal”



Vídeo o ser visto e ouvido, entrevista a ler na íntegra.

«O médico que viu provavelmente mais doentes com covid-19 e os casos mais graves desta infeção em Portugal, Roberto Roncon, está exausto. Intensivista do hospital de São João, no Porto, não só está cansado da intensidade do trabalho como da inabilidade política para lidar com os profissionais de saúde.(…)
A ministra tem um problema enorme de empatia com as pessoas. Não acho que um ministro tenha de ser médico, mas nestas alturas nota-se mais a falta de contato humano. As conferências de imprensa caíram um bocado em descrédito porque no início não era preciso máscara, depois era. Fiquem em casa, depois saiam. Em grande medida, o que eu tenho aqui na minha unidade é o que não está a funcionar nestas conferências de imprensa. Neste momento estão a ser uma oportunidade perdida. E se começar a correr mal, não vai haver responsabilidade política, as pessoas é que se terão portado mal. E se queremos falar aos jovens, se calhar não é através de uma conferência de imprensa, mas do Youtube, do Facebook, da linguagem que eles conhecem. Têm de colocar jovens a falar com outros jovens. Sem estar a apontar o dedo, se não eles ainda nos desafiam mais.»

(Daqui)
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