28.3.10

«Para as bandas da Playboy»


O Central Nacional de Cultura tem vindo a divulgar, no seu blogue, algumas das crónicas que João Bénard da Costa publicou no Público. Lembro-me muito bem desta,de Janeiro de 2004.

1 - Uns artiguitos, por aqui e por acolá, informaram-me que a "Playboy" fez 50 anos. Primeiro pensei: "Meu Deus, como o tempo passa!" Depois, melancólico, realizei que as mais tenrinhas das "bunnies" de há 50 anos têm hoje a minha idade. Marilyn - na celebérrima foto nua do número 1 - era bastante mais velha. O que vale (vale a quem?) é que o tempo não corre à mesma velocidade para os homens e para as mulheres. Marilyn morreu, ainda quase todas vocês nem nascidas eram. As coelhinhas desmamadas de 1953 têm agora idades assustadoras. Mas aquele que, ainda hoje, continua a ser tratado por Hef (Hugh Hefner, o patrão), nascido no mesmo ano de Marilyn (1926) continua, aos 77 anos, mais Viagra menos Viagra, a "dating" três coelhinhas em simultâneo e a ter um harém permanente de vinte e tal. A acreditar em Pedro Rolo Duarte, Sting, que entre parêntesis já vai nos cinquenta e picos, compara-o "a uns daqueles imperadores romanos decadentes, cercados pelos bárbaros da Internet, que estão a acabar com o seu império". Mas as fotos da festa das bodas de ouro, que se podem ver na "Playboy" de Fevereiro de 2004, já à venda por aí, mostram-no em bastante boa forma e excepcionalmente num impecável "tuxedo". Duvido que os bárbaros, quando lá chegarem e se lá chegarem, consigam o mesmo estardalhaço.»

Continua aqui.

3 comments:

Anónimo disse...

Joana Lopes, caríssima: Por acaso não tinha lido esta fabulosa crónica do J.Bénard da Costa. E despertou-me interesse imenso paa ir ler todas as restantes. Sabe, pela certa, que o J-Bénard da Costa foi o tradutor, salvo erro em 1968, de " O Erotismo " de Georges Bataille, que foi posto fora do mercado pelas autoridades fascistas de Salazar. Com " O erotismo " e "A Função Social do...) de W. Reich, as amedrontadas élites de esquerda portuguesa relizaram a sua 8delas) libertação nos gloriosos anos 70. Bom Dia! Niet

Joana Lopes disse...

Niet,
Sim, sei isso e (quase) tudo sobre JBC, porque o conheci muito bem.
Quando ele morreu, o Público pôs todas as crónicas online. É possível que ainda estejam.

Anónimo disse...

Errata: realizaram a sua (delas) libertação. Niet