Regressa uma vez mais a questão dos eventuais inconvenientes de surgirem múltiplos candidatos às eleições presidenciais. Nos últimos dias, as redes sociais «ardem» com a possível candidatura de Maria de Belém, com argumentos que vão desde a sacrossanta e desejável união da «esquerda» à temível «dispersão de votos».
Esquematicamente, porque é de contas que se trata:
1 – «Os votos em branco e os votos nulos não têm influência no apuramento dos resultados», como a Comissão Nacional de Eleições vem sempre recordar. (Basta fazer as contas, por exemplo aqui.) Será eleito, à primeira ou segunda volta, o candidato que tiver mais de metade dos votos expressos, qualquer que seja o número de votos brancos ou nulos.
2 – Quanto maior for a abstenção (+ brancos e nulos), menos votos expressos são necessários para que um dos candidatos seja eleito à 1ª volta – seja ele de esquerda, de direita, ou daquilo que cada um quiser considerá-lo.
3 – Na teoria e na prática, a existência de mais candidatos faz diminuir a abstenção, na 1ª volta, porque há mais opções de escolha.
5 – Assim sendo, só têm razão para vociferar quando mais alguém dá um passo em frente aqueles que:
a) vivem na esperança de que o seu candidato preferido ganhe logo na 1ª volta;
b) têm tão pouca confiança nele que temem que não passe à 2ª.
Cá por mim, «venham mais cinco!»
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