George Orwell (pseudónimo de Eric Arthur Blair) faria hoje 119 anos. Nasceu em Motihari, nas Índias Orientais, onde ninguém deixa de reivindicar o facto quando a voz corrente o considera oriundo de Myanmar – reivindicação que ouvi mais de uma vez, quando andei por lá perto, a caminho do Butão. Mas, de facto, foi só em 1922 que Orwell chegou a Mandalay, em Burma, para frequentar a escola que o tornaria membro da Polícia Imperial Indiana naquela então colónia britânica. Manteve-se nessa função até 1927, ano em que contraiu dengue e regressou a Inglaterra.
Mais conhecida é o resto da vida que se seguiu como escritor, a participação na resistência durante a Guerra Civil de Espanha e a morte por tuberculose, em Londres, com 46 anos.
Uma citação bem actual, entre muitas possíveis:
«Uma sociedade torna-se totalitária quando a respectiva estrutura se torna manifestamente artificial, isto é, quando a respectiva classe dirigente perdeu a sua função mas consegue manter-se agarrada ao poder pela força ou pelo embuste. Uma sociedade assim, por muito tempo que persista, nunca pode dar-se ao luxo de se tornar tolerante ou intelectualmente estável. (…) Porém, para sermos corrompidos pelo totalitarismo, não é obrigatório que vivamos num país totalitário.» (Livros & Cigarros)
Uma curta entrevista:
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