30.10.20

Em busca do rumo perdido...

 


«Não parece que após 24 anos ininterruptos de governo socialista nos Açores possa causar surpresa o resultado das eleições regionais de 25 de outubro. Mais preocupante é que a Esquerda, no seu conjunto, tenha agora ficado em minoria, assim proporcionando os arranjos partidários requeridos para a viabilização da "geringonça" regional da Direita. 

Para além dos condicionalismos locais e da erosão provocada pelo continuado exercício do poder, as preferências expressas nas urnas pelos açorianos são claro indício de um mal-estar mais geral que atravessa o Oceano Atlântico e chega ao continente, para desembocar na Assembleia da República. Ainda em sede de debate na generalidade, o Bloco de Esquerda anunciou a decisão inesperada de votar contra o Orçamento do Estado de 2021. Em abono da verdade, há que reconhecer que o fim do acordo entre os partidos da Esquerda foi decretado pelos socialistas ainda em plena campanha eleitoral para as legislativas de 2019, apesar do êxito incontestável de quatro anos de governação que puseram termo às políticas de austeridade e demonstraram cabalmente que havia afinal uma alternativa para a obsessão do equilíbrio orçamental e para a receita de fome e miséria prescrita pela troika de má memória. 

De facto, não é fácil entender por que motivo os acordos políticos que foram deliberadamente abandonados nos finais de 2019 se haveriam de tornar, de novo, úteis e indispensáveis apenas um ano mais tarde... Nem a extraordinária pandemia que desgraçadamente se abateu sobre nós oferece um argumento consistente, capaz de justificar tão caprichosas inflexões. Esquerda e Direita são designações convencionais que transportam um sentido e uma história próprias. Onde a diferença se transforma numa alternativa que aponta o rumo da ação política e demarca os espaços propícios à procura de compromissos, à criação da confiança, ao esclarecimento das obrigações assumidas entre as partes e à construção de acordos duradouros. Em 2015 não faltou audácia para desbravar novos caminhos e encetar um percurso que, apesar da sua complexidade e das óbvias dificuldades que encontrou, ganhou coerência e conquistou o mais amplo reconhecimento no interior do país, na própria Europa que nos tinha imposto essa odiosa austeridade e até no plano internacional. Com a esperança a despontar no horizonte numa Europa que tarda a perceber que a mudança é condição da sua sobrevivência, pareceria insensato lançar agora pela borda fora todo um capital de prestígio que foi bem merecido e duramente alcançado!» 

«Não parece que após 24 anos ininterruptos de governo socialista nos Açores possa causar surpresa o resultado das eleições regionais de 25 de outubro. Mais preocupante é que a Esquerda, no seu conjunto, tenha agora ficado em minoria, assim proporcionando os arranjos partidários requeridos para a viabilização da "geringonça" regional da Direita. 

Para além dos condicionalismos locais e da erosão provocada pelo continuado exercício do poder, as preferências expressas nas urnas pelos açorianos são claro indício de um mal-estar mais geral que atravessa o Oceano Atlântico e chega ao continente, para desembocar na Assembleia da República. Ainda em sede de debate na generalidade, o Bloco de Esquerda anunciou a decisão inesperada de votar contra o Orçamento do Estado de 2021. Em abono da verdade, há que reconhecer que o fim do acordo entre os partidos da Esquerda foi decretado pelos socialistas ainda em plena campanha eleitoral para as legislativas de 2019, apesar do êxito incontestável de quatro anos de governação que puseram termo às políticas de austeridade e demonstraram cabalmente que havia afinal uma alternativa para a obsessão do equilíbrio orçamental e para a receita de fome e miséria prescrita pela troika de má memória. 

De facto, não é fácil entender por que motivo os acordos políticos que foram deliberadamente abandonados nos finais de 2019 se haveriam de tornar, de novo, úteis e indispensáveis apenas um ano mais tarde... Nem a extraordinária pandemia que desgraçadamente se abateu sobre nós oferece um argumento consistente, capaz de justificar tão caprichosas inflexões. Esquerda e Direita são designações convencionais que transportam um sentido e uma história próprias. Onde a diferença se transforma numa alternativa que aponta o rumo da ação política e demarca os espaços propícios à procura de compromissos, à criação da confiança, ao esclarecimento das obrigações assumidas entre as partes e à construção de acordos duradouros. Em 2015 não faltou audácia para desbravar novos caminhos e encetar um percurso que, apesar da sua complexidade e das óbvias dificuldades que encontrou, ganhou coerência e conquistou o mais amplo reconhecimento no interior do país, na própria Europa que nos tinha imposto essa odiosa austeridade e até no plano internacional. Com a esperança a despontar no horizonte numa Europa que tarda a perceber que a mudança é condição da sua sobrevivência, pareceria insensato lançar agora pela borda fora todo um capital de prestígio que foi bem merecido e duramente alcançado!» 

«Não parece que após 24 anos ininterruptos de governo socialista nos Açores possa causar surpresa o resultado das eleições regionais de 25 de outubro. Mais preocupante é que a Esquerda, no seu conjunto, tenha agora ficado em minoria, assim proporcionando os arranjos partidários requeridos para a viabilização da "geringonça" regional da Direita. 

Para além dos condicionalismos locais e da erosão provocada pelo continuado exercício do poder, as preferências expressas nas urnas pelos açorianos são claro indício de um mal-estar mais geral que atravessa o Oceano Atlântico e chega ao continente, para desembocar na Assembleia da República. Ainda em sede de debate na generalidade, o Bloco de Esquerda anunciou a decisão inesperada de votar contra o Orçamento do Estado de 2021. Em abono da verdade, há que reconhecer que o fim do acordo entre os partidos da Esquerda foi decretado pelos socialistas ainda em plena campanha eleitoral para as legislativas de 2019, apesar do êxito incontestável de quatro anos de governação que puseram termo às políticas de austeridade e demonstraram cabalmente que havia afinal uma alternativa para a obsessão do equilíbrio orçamental e para a receita de fome e miséria prescrita pela troika de má memória. 

De facto, não é fácil entender por que motivo os acordos políticos que foram deliberadamente abandonados nos finais de 2019 se haveriam de tornar, de novo, úteis e indispensáveis apenas um ano mais tarde... Nem a extraordinária pandemia que desgraçadamente se abateu sobre nós oferece um argumento consistente, capaz de justificar tão caprichosas inflexões. Esquerda e Direita são designações convencionais que transportam um sentido e uma história próprias. Onde a diferença se transforma numa alternativa que aponta o rumo da ação política e demarca os espaços propícios à procura de compromissos, à criação da confiança, ao esclarecimento das obrigações assumidas entre as partes e à construção de acordos duradouros. Em 2015 não faltou audácia para desbravar novos caminhos e encetar um percurso que, apesar da sua complexidade e das óbvias dificuldades que encontrou, ganhou coerência e conquistou o mais amplo reconhecimento no interior do país, na própria Europa que nos tinha imposto essa odiosa austeridade e até no plano internacional. Com a esperança a despontar no horizonte numa Europa que tarda a perceber que a mudança é condição da sua sobrevivência, pareceria insensato lançar agora pela borda fora todo um capital de prestígio que foi bem merecido e duramente alcançado!» 

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1 comments:

Monteiro disse...

Os Açores com 230 mil inscritos tem 156 freguesias.
O distrito de Lisboa com 2 milhões de inscritos tem apenas 134 freguesias.
Não é por serem ilhas.
Bragança com 145 mil inscritos tem 226 freguesias.
A Direita sabe muito, PS incluído.