1.6.10

Inconformismo em tempo de crise


Para quem não tenha lido a excelente crónica de Rui Tavares no Público de ontem, fica o link para o texto na íntegra e alguns excertos.

«O individualista mais empedernido não deixará de reconhecer que uma multidão com objectivos comuns consegue coisas incomuns. Se as escolhas são claras e as opções em cima da mesa são colocadas de forma honesta, tornam-se superáveis as mais difíceis crises. Os países que venceram a Grande Depressão fizeram-no assim, mobilizando a população desempregada, não desperdiçando as suas forças, dando às pessoas uma oportunidade para resolverem em simultâneo os seus problemas e os da conjuntura. Não teriam vencido a crise contra as pessoas; vencê-la com as pessoas parece mais fácil — e não parece que haja outra maneira.

Ser democrata é, hoje, talvez a atitude mais inconformada que há. O conformismo é que está hoje — se não o foi sempre — antidemocrata por natureza. O inconformismo e um plano podem ganhar as próximas eleições presidenciais (espero que Alegre não se esqueça disso, agora que tem o apoio do PS) mas, acima de tudo, podem ganhar um país. (…)

A democracia pode acabar com a crise, mas a crise está mais perto de acabar com a democracia.»

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