14.10.11

Mais meia hora?


Quando se sabe que quem nos governa vai autorizar o aumento de horário de trabalho, numa sinistra meia hora que só trará prejuízo aos trabalhadores e benefícios mais do que duvidosos a outros, vale a pena recordar o que existiu uma dura luta pelas 40 horas semanais, com as suas vítimas, derrotas e vitórias.

Com origem na Revolução Industrial na Grã-Bretanha, foi em 1817 que se formulou o objectivo indicado na imagem: «Oito horas de trabalho, Oito horas de lazer, Oito horas de descanso».

Em 1866, a International Workingmen's Association declarou, numa Convenção em Genebra, que «a limitação legal do dia de trabalho é condição preliminar sem a qual todas as outras tentativas de melhorias e emancipação da classe trabalhadora sairão frustradas, e o Congresso propõe oito horas como o limite máximo para o dia de trabalho». Mas seria preciso esperar por meados do século XX para que este objectivo se concretizasse em legislação de uma forma mais ou menos generalizada.


Foi precisamente esta luta pelas 40 horas que esteve na origem do «Dia do Trabalhador». Era ela que recordávamos nas manifestações proibidas antes do 25 de Abril, é ela que festejamos agora, em dia feriado - enquanto alguém não tentar eliminá-lo, como festa «religiosa» indesejável.
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