Eis-me no Turquemenistão, mais concretamente em Asgabate. Ainda não vi praticamente nada, mas já deu para perceber que o calor chegou aqui e acampou: são 15:30 e os termómetros marcam 39 graus.
Este território fez parte da Rota da Seda até meados do século XV, foi anexado ao Imperio Russo no fim do século XIX, tornou-se república soviética em 1924 e conquistou a independência em 1991. A maior parte do país é desértica, mas tem a quarta maior reserva de gás natural do mundo e é fundamentalmente disso que vive.
República presidencialista, como é costume por estas paragens, com um primeiro líder que vinha do Partido Comunista da União Soviética e que, a meio do mandato, foi nomeado com carácter vitalício (e que tem por aqui uma estátua em ouro, que verei amanhã.). Morreu em 2006 e tem um sucessor, com fotografia por tudo quanto é sítio, que é aparentemente um pouco mais aberto ao Ocidente para aumentar as exportações de gás natural e algodão, cuja cultura ocupa cerca de metade da área irrigada.
Em termos religiosos, a população é esmagadoramente muçulmana, mas, tal como outras ex-repúblicas soviéticas, viu a prática religiosa reprimida enquanto esteve integrada na URSS.
Quanto ao pouco que já vivi e vi: uma burocracia perfeitamente infernal e caótica para conseguir sair do aeroporto: vistos e mais vistos, filas intermináveis para controles de tudo e de mais alguma coisa; uma cidade cheia de construções faraónicas, a começar pelo palácio de presidente – o de cúpulas douradas na imagem ali de cima –, que fotografei de uma janela ou não o teria feito por ser expressamente proibido; last but not the least: acesso ao Facebook, Twitter e mesmo Youtube absolutamente interdito – nem na Birmânia me tinha acontecido tal censura!
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