24.12.11

Os tempos mudam mas alguns protagonistas ainda andam por aqui

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Interrompo a manhã natalícia para divulgar esta pérola que me chegou ontem às mãos. Quando tanto se fala de votos de pesar, ou da falta dos mesmos, e quando a China nos entra literalmente pela casa dentro, lê-se, no mínimo com um sorriso, este texto escrito por Mário Soares, então primeiro-ministro, por ocasião da morte de Mao Tsé Tung. Comentários para quê...

«Em nome do governo português e em meu nome pessoal, peço-lhe que aceite, Senhor Primeiro-Ministro, a expressão das nossas mais profundas condolências pelo desaparecimento do presidente Mao Tsé Tung. O presidente Mao Tsé Tung foi uma personalidade que deixou uma marca na história do nosso século. O presidente Mao Tsé Tung, dirigente do povo chinês na sua longa marcha para a libertação, fundador de uma nova sociedade no centro da Ásia e representante intransigente da luta anti-imperialista, merece o respeito mundial. O seu desaparecimento é uma grande perda para o povo chinês. Mas estamos convencidos de que o seu exemplo manterá a República Popular da China na via de uma sociedade justa e consciente, o que é o objectivo firmemente fixado para o povo chinês.»

In Pekin Information, Nº45, 8 de Novembro de 1976.

P.S. - E um belo complemento que me fizeram chegar agora:
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2 comments:

Septuagenário disse...

A Mario Soares hiper consensual, fica-lhe tudo bem.

Tanto lhe fica bem desfilar na praça de Tianamen como na praça vermelha como de tartaruga gigante.

Tanto pode mandar um policia ir dar uma volta como uma senhora deputada para a cozinha.

Ainda hoje se gaba que ninguem como ele foi recebido tantas vezes pela pide, 13 vezes.

Sim, porque a maioria foi convocado uma única vez, não tinham tantas "cunhas", para sair, claro!

Mário Soares até uma sotaina lhe ficava tão bem como qualquer avental.

Mesmo aquela candura e romantismo com que aborda aqueles tempos do fascismo, faz com que um dia seja lembrado como aquele "que se dava com Deus e com o Diabo".

Bom Natal

Jorge Conceição disse...

Da homenagem ficaram então ausentes os partidos mais à esquerda, do PCP ao MES, da UDP ao PRP, etc...