23.12.08

Novas emigrações

O Jakk tem trinta e poucos anos e trabalha na Argélia. Uma coisa são as estatísticas, outra a vida concreta de jovens qualificados que são obrigados a entrar numa dolorosa «globalização». Por isso vale a pena ler esta espécie de balanço de oito meses de uma experiência bem dura, mas que ele consegue descrever com uma notável distanciação.

«Temos uma das mais estranhas formas de viver...na mais improvável das equações... um português...a trabalhar para uma empresa espanhola...para os japoneses...na Argélia...»

5 comments:

septuagenário disse...

Nova Migração?
Há muitos anos, já é habitual o empreiteiro do empreiteiro do subempreiteiro do miniempreiteiro, do português a trabalhar para o brasileiro que trabalha para o francês que recebe da multinacional americana que paga com petrodolares.

Peço desculpa Joana Lopes, mas esse português que trabalhou há mais de 30 anos nestas condições, era rural beirão analfabeto.

De novidade mesmo, tem apenas que agora muitos migrantes são universitários.

Mau? Bom? A ver vamos.

Joana Lopes disse...

Mas essa «novidade» é sintomática, quando o país precisa de se desenvolver e está longe de ter técnicos em excesso.

Luís Bonifácio disse...

Esse Jakk é um gajo com sorte

Joana Lopes disse...

Porquê, Luís? Por ter saído de cá? Olhe que eu conheço-o e a vida lá não é fácil...

Jakk disse...

Já vim aqui várias vezes e fiquei a pensar o que comentar...
Seria muito longo...
Acho que para resumir facilmente não se pode falar assim do que não se conhece! Obrigado pelo destaque Joana! :)