Bento 16 quis dizer à Cúria Romana - e por tabela ao mundo -, pela 50ª vez, o que pensa sobre esta coisa esquisita que são as relações entre seres humanos. Esforço desesperado mas que já nem é grave, de tão frequente é a insistência.
Os jornais trouxeram o mais anedótico: nós, os bem-amados heterossexuais, devemos ser ecologicamente protegidos como florestas tropicais («já que como criaturas da criação temos escrita uma mensagem que não significa contradição da nossa liberdade, mas condições para a mesma»). Mas há muito mais: sexo e casamento (para toda a vida, pois claro) continua a ser só mesmo de menino com menina (os homossexuais pode sê-lo à vontade mas só em pensamento, não sei se em palavras, em obras nem pensar nisso), que ninguém mude de sexo para não «se emancipar da criação e do Criador», mexer em embriões nunca, a malfadada Humanae Vitae é que vale, etc., etc., etc.
Parece impossível, mas não é - no Século XXI, na Europa, em Roma.
(De incesto não se fala, talvez porque, nesse campo, seria mais complicado explicar como as coisas se passaram lá pela família de Adão e Eva...)
P.S. - Com a mania de ir às fontes, fiz copy/paste do Osservatore Romano de ontem, em italiano, e guardei (no dia seguinte «desaparece» e ainda não percebi onde é arquivado). É que, de tão disparatado, pode ser que este discurso venha a ser uma relíquia histórica. Se entretanto sair a versão em português, substituo. Pus a bold o mais importante.
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