10.12.08

ONU - há 60 anos

Em 10 de Dezembro de 1948, os países-membros da ONU aprovaram a Declaração Universal dos Direitos Humanos, com 48 votos a favor e 8 abstenções. A iniciativa surgiu como uma reacção às atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra.

(P.S., como resposta a uma pergunta formulada num comentário. Abstenções: União Soviética, Bielorússia, Ucrânia, Polónia, Checoslováquia, Jugoslávia, Arábia Saudita, e África do Sul.)

12 comments:

Rui Moio disse...

Que países é que se abstiveram?
Rui Moio

Joana Lopes disse...

Obrigada pela sua pergunta, eis a resposta:

União Soviética, Bielorússia, Ucrânia, Polónia, Checoslováquia, Jugoslávia, Arábia Saudita, e África do Sul.

Rui Moio disse...

1. - Há 60 anos, após a II Guerra Mundial, creio que a Bielorússia e a Ucrânia pertenciam à União Soviética. Não eram países independentes, pelo que julgo que não teriam assento nas Nações Unidas!?
2. - Todos os países (ou regiões) que votaram contra, à excepção da África do Sul, eram da área comunista!... Sintomático!...

Joana Lopes disse...

Por acaso tive a mesma dúvida quanto à B. e à U. Mas encontrei a referência aos 8 países que se abstiveram num longo estudo que me pareceu credível:

http://www.cetim.ch/en/documents/05-onu2-reed1.pdf

Anónimo disse...

Apesar de integrarem a URSS, a Ucrânia e a Bielorússia foram sempre membros da ONU como se fossem Estados autónomos. Era uma ficção aceite na ONU cujo único significado com efeito prático era a URSS ser o único Estado que dispunha de 3 votos (!). Formalmente, cada República era governada pelo seu Soviete Nacional que nos casos da Ucrânia e da Bielorússia dispunham constitucionalmente de autonomia diplomática. Mas, obviamente, a Ucrânia e a Bielorússia votavam de acordo com o voto da URSS. O caso trazido pela Joana Lopes é um mero exemplo disso.

João Tunes

Anónimo disse...

Já agora, quanto ao 2º comentário de Rui Moio, ele que não seja injusto para com a Arábia Saudita. Nunca esteve na "área comunista". Nem experimentou regime democrático ou socialista. Nunca passou do sistema feudal-monárquico.

João Tunes

Joana Lopes disse...

Obrigada João: quem sabe, sabe!

Anónimo disse...

Pelo que me lembro e bem posso estar enganado, a URSS absteve-se alegando a questão da propriedade privada. Não consultei coisa alguma, a não ser a memória.
Isto é só para amenizar, aqui, a crítica à URSS.

Anónimo disse...

José de Sousa trouxe a clarividência justa que aqui faltava. Na URSS e satélites, o único "direito" que não era aceite e cumprido era o direito à propriedade privada. Todos os outros direitos humanos eram religiosamente cumpridos, tão religiosamente que até Alexis II fazia uma perninha de ajuda ao KGB para que esta jurasse com honra o cumprimento da Declaração em efeméride.

Haja deus.
João Tunes

Anónimo disse...

João Tunes
Peço o favor de ler apenas o que eu escrevi. Falávamos da abstenção da URSS na votação da Declaração Universal dos Direitos Humanos. “Alegando”, disse eu.
O maior bruto, desde que não esteja no PCP, sabe que esses direitos eram todos violados. E de que maneira...Se convivêssemos, saberia que eu há cerca de 20 anos lia bastante sobre a URSS. E bastaria entrar em minha casa e olhar para as estantes para o saber.
Verifiquei que também sabe alguma coisa sobre a URSS. Aquela indicação da URSS igual a 3 votos, eu só não a pus para não exagerar a minha participação e também para não aparecer "clarividente". Como saberá,havia naquelas "diplomacias autónomas" interessantes e diversas implicações.
Se a minha brincadeira sobre o “amenizar” não foi entendida, a culpa é minha. E lastimo, mas não me parece que isso justifique o que escreve. As brincadeiras e as ironias requerem, por vezes, mais do que as palavras escritas. Requerem uma ideia do outro.
Haja calma!
Sousa

Joana Lopes disse...

Não é muito o meu estilo, mas venho deitar alguma água na fervura.

Zé,andas pela blogosfera há pouco tempo e não conheces a «vivacidade» das C. de Comentários (e esta é amena...) - habitua-te! Também só essa razão justifica que não conheças o João Tunes e lhe respondas nos termos em que o fizeste.

João, por uma vez em que o José de Sousa não escreveu um lençol, mas se limitou a três ou quatro linhas, teve azar... Eu, que o conheço há 30 e muitos anos, garanto-lhe que estão ambos totalmente de acordo sobre o assunto em questão.

Anónimo disse...

Obrigado, Joana.
Por, excepcionalmente, teres sido moderadora. Espero que a minha motivação ainda leve a habituar-me.
Eu sou, normalmente, “delicado” na expressão e, quando me agarro a uma coisa, só dela falo. Tento não confundir alhos com bugalhos. Mas se não me agarro, e me meto em implicações e derivações, entro então num paleio interminável. Tenho andado a resistir à tentação, por caridade para com os outros.
Obrigado, João Tunes.
Sem ironia, e pelo que a Joana diz, foi moderado no que escreveu e é isso que agradeço. Ainda de acordo com o que a Joana, eu não terei sido imoderado, mas se o fui ou se o sentiu como tal, as minhas desculpas. Sendo moderado ou imoderado o que escrevi, aconteceu, isso sim, que senti uma certa irritação e as minhas palavras são a minha reacção.
Abraços aos dois
Zé e Sousa