15.1.10

Rolhas e cabeleireiras



















Se Cuba exporta médicos porque a crise prejudicou a venda de charutos, nós podíamos compensar o desinteresse pelas nossas rolhas de cortiça mandando cabeleireiras para Angola. Já que o nosso governo acha natural o tipo de contrato que faz com o governo cubano em relação a médicos, não vejo porque não nacionaliza duas ou três Lúcia’s Piloto’s (sempre sairia mais barato do que o BPN), fazendo depois um contrato com o governo angolano para ficar com uma parte choruda do que este pagaria por cada profissional.

Seria um pequeno contributo para a diminuição do nosso défice, as angolanas não teriam de vir de propósito a Lisboa para pôr extensões no cabelo e não haveria tantos despedimentos em Portugal.

A ideia surgiu-me hoje, quando almoçava perto de quem me corta normalmente o cabelo e duas colegas – salões vazios, este mês o dinheiro que sobra é todo para os saldos, o que nos salva são as angolanas. «Olha a D. A: veio ontem fazer madeixas, partiu hoje para os saldos de Nova York e vai depois ao Dubai comprar electrodomésticos. E volta cá daqui a dois meses.»

Quem diz cabeleireiras, diz personal trainers ou engenheiros civis. Angola já não é nossa e...

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