24.8.10

Corrupção, esse nicho do mercado


Ainda relativamente virgem, um novo mercado que pode dar milhões: o da corrupção. Se é vítima de chantagem para pagar uma determinada quantia em troca do que quer que seja, agradecerá se alguém o ajudar a resolver a situação, mesmo que tenha de desembolsar por isso algum dinheiro.

Foi o que percebeu Shaffi Mather, capitalista e activista social indiano, convidado há poucos meses por Obama para uma cimeira sobre empreendorismo, ao lançar o seu «serviço anticorrupção».

O alvo não são negócios que envolvam megacontractos de armas, aviões, ou alta tecnologia, mas sim pequenos ou médios expedientes, nos quais é por vezes suficiente aparecer um intermediário para que os corruptores desistam e desapareçam - porque, neste caso como em geral, o segredo é a alma de quase tudo. Caso contrário, há vários patamares de intervenção possíveis.

O preço do serviço tem de ser inferior à quantia pedida pelo corruptor (elementar…), de 15% a 30% parecendo uma boa alternativa. Mas… se o princípio de uma percentagem é bom, haverá sempre o risco do prestador do serviço anticorrupção convencer o corruptor a subir a parada para ele próprio receber mais, mesmo que tenha de dar algum por fora ao outro. That’s business!!! Em contrapartida, se o serviço vier a ter demasiado sucesso, no limite autofagia-se: desaparecem corrupção e corruptores.

Mundo complicado, o nosso – no mínimo!...

Vale a pena ouvir Shaffi Mather explicar uma parte de tudo isto (sobretudo a partir do 6º minuto):


(Fonte)
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