Mário Soares tem razão quando escreve, na sua crónica de hoje, no DN:
«No princípio do novo século, o mundo ocidental respirava optimismo. A ONU tinha proclamado os objectivos do milénio e as pessoas conscientes pensavam que seriam para cumprir. Era inimaginável que não fossem. Mas foi o contrário que aconteceu, como todos nos lembramos. A Europa era um pólo de atracção, por ser uma terra, simultaneamente, de liberdade, de bem-estar social e de respeito pelos direitos humanos.»
O que também não se previa, há apenas dez anos, era que a Tailândia fosse mais do que uma recordação de ilhas paradisíacos para turistas esbranquiçados ou de multidões de monges com as suas belas túnicas açafrão, mas também um país com uma taxa de crescimento de 9,1%, no segundo trimestre de 2010, graças ao grande incremento nas exportações e apesar de todas as vicissitudes da crise mundial, e onde «o consumo das famílias também aumentou no segundo trimestre, com os tailandeses a comprarem mais carros e electrodomésticos, devido às medidas de incentivo económico promovidas pelo governo e aos maiores rendimentos provenientes da agricultura». Tudo isto, apesar da terrível violência por que o país passou em Abril e Maio.
E há também a China, o Vietname, etc., etc., etc. Ou seja: há outros com razões para optimismos e a Terra continua, obviamente, a girar à volta do Sol.
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