4.5.14

Veiga Simão, Paulo Portas e a Revolução



Era fatal como o destino que a morte de Veiga Simão iria desencadear um sem número de reacções, de todas as cores e para todos os paladares. Paulo Portas escolhe destacar uma «derrota» do último ministro da educação de Marcelo Caetano:

«Veiga Simão faz parte de uma geração que procurou que Portugal fizesse uma transição de um regime autoritário para um regime de liberdade, suavemente, serenamente, e ter-se-ia evitado um processo revolucionário. Infelizmente, não foi possível», «tivemos um processo revolucionário com todas as suas sequelas».

Primeiro, pode ser ignorância ou falta de memória da minha parte, mas não me lembro de qualquer proximidade entre VS e a Ala Liberal, ou algo de parecido, durante o marcelismo.

Segundo e principalmente, para o dr. Portas, a Revolução foi mesmo uma maçada «com todas as suas sequelas»! Só falta dizer que, tivesse VS atingido o seu fito de uma evolução suave e serena da ditadura para a democracia, de uma passagem directa e sem cravos de 24 de Abril de 74 para 26 de Novembro de 75, e não teria havido por cá troikas, correria mel pelas nossas vidas e ele seria (sei lá?!), primeiro-ministro ou presidente da República de um Portugal, ele também suave e sereno.
Infelizmente, tivemos um processo revolucionário.

(Fonte)

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