27.5.07

28 de Maio - A «Revolução Nacional»


1926


O Almanaque Republicano publicou recentemente uma resenha detalhada de factos e protagonistas:

«OS QUE ARRANCARAM EM 28 DE MAIO DE 1926

A revolução recebeu inicialmente apoio de variadas facções, de anarco-sindicalistas a católicos, passando por seareiros, integralistas, republicanos conservadores e monárquicos, mas cujos líderes foram sucessivamente devorados (primeiro Cabeçadas e depois Gomes da Costa), até se atingir a estabilidade com Carmona, muito devido ao apoio do Ministro das Finanças, Oliveira Salazar que, pouco a pouco, emergiu como verdadeiro líder. Com efeito, Gomes da Costa, Cabeçadas e Carmona foram as três principais figuras durante três meses.»

Aconselha-se a leitura do texto completo aqui .


1936

No 10º aniversário da Revolução Nacional, o célebre discurso de Salazar:

«Não discutimos Deus... Não discutimos a Pátria»




1966

No 40º aniversário, foram muitas as celebrações. Os mais interessados podem ler as descrições detalhadas que delas faz Franco Nogueira (*).

Deixo aqui um excerto do texto que escrevi sobre o assunto em Entre as Brumas da Memória..., pp. 50-51.

«Nesse ano de 1966, quando se iniciou na China a Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung, Portugal festejou os quarenta anos da Revolução Nacional, tendo como lema Celebrar o passado, construir o futuro.

Para assistir a esta celebração em Braga, no dia 28 de Maio, Salazar, então com 77 anos, viajou pela primeira vez de avião até ao Porto – entre os outros passageiros, acompanhado pela governanta.

Quase no fim do discurso que então proferiu, deixou o país suspenso com a seguinte frase: “Eis um belo momento para pôr ponto nos trinta e oito anos que levo feitos de amargura no Governo.” Mas continuou: “Só não me permito a mim próprio nem o gesto nem o propósito, porque, no estado de desvairo em que se encontra o mundo, tal acto seria tido como seguro sinal de alteração da política seguida em defesa da integridade da pátria.”»

(*) Franco Nogueira, Salazar, vol VI – O Último Combate (1964-1970), Civilização, 3ª ed. Coimbra, 2000, pp. 180-186.

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