18.7.07

Em nome da Utopia (2)

Thomas More, 1ª edição de «Utopia»
Louvain, 1516

«As utopias não são mais do que verdades prematuras»
Lamartine


Verdades prematuras, precisam-se.



5 comments:

F. Penim Redondo disse...

As notícias de França deixaram-te muito afectada...ah,ah,ah

F. Penim Redondo disse...

Curiosamente esta questão da utopia tem muito a ver com o livro da Zita que acabei de ler. Dentro em breve escreverei sobre as páginas que faltam no livro e que tratariam da parte mais importante, quanto a mim.
Como se lida com a morte de uma utopia que se viveu durante uma parte substancial da vida ?
A resposta que cada um dá a esta pergunta acaba por ser a sua mais autentica assinatura.

Joana Lopes disse...

As notícias da França só vieram confirmar que a «real politik» (é assim que se escreve?) veio para ficar.

Quanto ao teu segundo comentário: excelente! Fico à espera.

Anónimo disse...

Como já algures alguma vez me disseram – haja piedade cristã !

Isto é uma maldade que não se faz, Joana ! Pregar assim, sem mais estas nem aquelas, com um monte de hieróglifos no nariz do leitor desprevenido, como quem diz “ toma lá e vai-te curar!”. Só agora consegui recuperar o fôlego.

Mas maldade com maldade se paga. :-)

Sobre esta questão do parentesco entre a utopia e a “real politik” (desde que tenha pelo menos um “K” já está bem escrito) penso o seguinte: a utopia é, por essência, analógica. Ora, como sabemos – e a Joana, pelo que vi no seu curriculum, melhor que ninguém – estamos na era das tecnologias digitais. Mas não só das tecnologias: principalmente do próprio pensamento.

A política, quer a “real” quer a teórica lida com algoritmos lógicos. É potencialmente digital. Sintetizando, e para não me alongar – a demonstração da tese fica para mais tarde – eu diria que a política é a utopia digitalizada.

nelson

Anónimo disse...

Caro Nelson, se "a política é a utopia digitalizada" então temos que concluir que a maior parte dos políticos tem o "scanner" avariado...