10.9.07

E ninguém vê ténis?


As últimas jornadas de ténis do US Open, em Nova Iorque, foram soberbas. Não me arrependo das longas noitadas que fiz, sobretudo na última semana, porque vi jogos absolutamente fora de série. Acabaram por vencer, como era de esperar, Federer e Justine Henin, mas o mais importante foi a qualidade do ténis praticado. Que modificações, que progressos nos últimos vinte anos!

Notícias curtas nos jornais, nos blogues que frequento nem uma referência.
Dezenas de opiniões, como é hábito, sobre futebol – treinadores de teclado nunca faltam. Mas agora choveram também mil comentários sobre um grupo de matulões que consegue meter bolas em cestos e um outro que perdeu logo mas é orgulho da raça por ser amador entre profissionais. Só porque vestem a camisola das quinas? Porque cantam o hino? Vai tão forte assim o espírito lusitano?

O mal deve ser meu. Impressiono-me pouco com a portugalidade dos actores.
Não estremeço perante um pífio monumento a Diogo Cão na Namíbia, nem mesmo no Portugal dos Cristãozinhos na Velha Goa.

2 comments:

Anónimo disse...

oh Joana! - com as reservas de patriotismo a atingirem níveis assim de tal modo baixos, estou em crer que o tal risco de apropriação de Portugal, por parte de Espanha, jamais se concretizará. Com um moral pátrio de tal modo de rastos, são eles que não nos vão querer, nem dados!

samuel disse...

Já fomos dois nas noitadas do US Open...
Quanto ao resto, também a minha autoestima anda muito por baixo. Aliás, desde que reparei que "autoestima" parece um nome de stand de automóveis usados, passei a usar ainda menos...
Gostei do blog. Está (com sua licença) linkado no meu.