Nuno Brederode Santos no DN:
«Menezes hesitara na arrancada para a liderança. Mas, quando se decidiu, o tempo – dele e nosso – transfigurou-se. De pasto viscoso e ruminante, volveu vertigem, frenesim. Foram duas semanas com novos heróis e vilões, envolvidos na praça pública em processualidades sombrias e insídias burocráticas.(...)
Num apanhado de frases do dia, um articulista, que eu devia identificar mas não recordo, sentenciou: "falta-lhe o killer instinct." Não podia estar mais de acordo, mesmo que deteste tal instinto.»
Entrevista a Luís Filipe Menezes ao DN:
«É um admirador de Sarkozy?
Sou. Depois da queda do Muro de Berlim, criou-se a ideia de que bastariam lógicas tecnocráticas para governar. No fundo, já não era preciso mais política e políticos. Com Sarkozy regressa a política. José Sócrates vai na linha de Blair. Na linha em que acredita que a competitividade se constrói destruindo direitos sociais e aproveitando os recursos dessa destruição para investir na economia. O caminho deve ser o oposto: apostar numa economia liberal de mercado, forte e agressiva, para manter os direitos sociais. É esse o caminho de Sarkozy. Quer ter a possibilidade afirmar políticas sociais do centro-esquerda.»
«Menezes hesitara na arrancada para a liderança. Mas, quando se decidiu, o tempo – dele e nosso – transfigurou-se. De pasto viscoso e ruminante, volveu vertigem, frenesim. Foram duas semanas com novos heróis e vilões, envolvidos na praça pública em processualidades sombrias e insídias burocráticas.(...)
Num apanhado de frases do dia, um articulista, que eu devia identificar mas não recordo, sentenciou: "falta-lhe o killer instinct." Não podia estar mais de acordo, mesmo que deteste tal instinto.»
Entrevista a Luís Filipe Menezes ao DN:
«É um admirador de Sarkozy?
Sou. Depois da queda do Muro de Berlim, criou-se a ideia de que bastariam lógicas tecnocráticas para governar. No fundo, já não era preciso mais política e políticos. Com Sarkozy regressa a política. José Sócrates vai na linha de Blair. Na linha em que acredita que a competitividade se constrói destruindo direitos sociais e aproveitando os recursos dessa destruição para investir na economia. O caminho deve ser o oposto: apostar numa economia liberal de mercado, forte e agressiva, para manter os direitos sociais. É esse o caminho de Sarkozy. Quer ter a possibilidade afirmar políticas sociais do centro-esquerda.»
(os relevos são meus).
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