Artigo de Pedro Magalhães no Público de hoje, 14/4/2008.
«Sabe-se já alguma coisa sobre o que sucede a este tipo de partidos quando se aproximam da esfera da governação. Uma das hipóteses era a de que essa aproximação seria fatal, inevitavelmente frustrando as expectativas dos seus eleitores e apoiantes. Mas a hipótese não se parece verificar. É certo que essa aproximação os obriga a resolver uma série de dilemas. Como conciliar o radicalismo do seu discurso com o pragmatismo necessário para participar de alguma forma na governação? Como conciliar uma matriz organizacional flexível com a necessidade de conceder autonomia estratégica a líderes que possam negociar credivelmente acordos com outros partidos? Como conciliar as denúncias da falta de transparência e corrupção da vida política com a aproximação ao poder? (...)
A ironia é que, se o perfil anterior [do Bloco de Esquerda] até o tornava "comestível" para um governo PS com este primeiro-ministro, o novo perfil torna-o cada vez mais intragável. Em 2009, a busca de uma solução de governação estável pode vir a ser mais necessária do que nunca, mas também mais difícil do que alguma vez foi.»
A questão está nas agendas da comunicação social e da blogosfera. Aconselho a leitura. Como não há link disponível para o jornal, pus o texto integral aqui.
«Sabe-se já alguma coisa sobre o que sucede a este tipo de partidos quando se aproximam da esfera da governação. Uma das hipóteses era a de que essa aproximação seria fatal, inevitavelmente frustrando as expectativas dos seus eleitores e apoiantes. Mas a hipótese não se parece verificar. É certo que essa aproximação os obriga a resolver uma série de dilemas. Como conciliar o radicalismo do seu discurso com o pragmatismo necessário para participar de alguma forma na governação? Como conciliar uma matriz organizacional flexível com a necessidade de conceder autonomia estratégica a líderes que possam negociar credivelmente acordos com outros partidos? Como conciliar as denúncias da falta de transparência e corrupção da vida política com a aproximação ao poder? (...)
A ironia é que, se o perfil anterior [do Bloco de Esquerda] até o tornava "comestível" para um governo PS com este primeiro-ministro, o novo perfil torna-o cada vez mais intragável. Em 2009, a busca de uma solução de governação estável pode vir a ser mais necessária do que nunca, mas também mais difícil do que alguma vez foi.»
A questão está nas agendas da comunicação social e da blogosfera. Aconselho a leitura. Como não há link disponível para o jornal, pus o texto integral aqui.
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