13.5.08

Jotas há muitas

Há quem louve a última iniciativa do PR, o que não é certamente o meu caso. O show off, que as televisões nos serviram ontem, tinha patine de seriedade mas transpirava vacuidade por tudo quanto era póros.

Da reunião com as jotas (tantas!...), terá saído a ideia peregrina de criar «roteiros da juventude», ou seja, de promover passeatas de Cavaco de braço dado com as ditas jotas.


Deixo uma sugestão para um primeiro roteiro.
Visitem as discotecas onde crianças de doze anos (nem sei se mais novas) podem entrar, embebedar-se e consumir drogas até cairem para o lado. É pouco provável que elas se interessem muito por política dentro de uma meia dúzia de anos.

Estes locais têm porta semi-aberta para a rua e são conhecidos por todas as polícias e por todas as ASAE’s deste mundo. Que, escandalosamente, as ignoram e assobiam para o lado – saberão elas porquê, talvez só porque Bruxelas ainda não tenha mandado nenhuma lei sobre o assunto. Não se diga que a culpa é (só) dos pais: sei de alguns que roem as unhas sem saberem o que podem permitir e o que devem proibir.

Visite estas discotecas, senhor presidente. Pode ser que por lá encontre algum dos seus netos mais velhos.

3 comments:

Anónimo disse...

Joana:
Gostei da frase "sei de alguns que roem as unhas sem saberem o que podem permitir e o que devem proibir." É por estas e por outras que fala o cardeal Saraiva, eles andam perdidos e os filhos perdem-se. Esta cá a Santa Igreja para lhes ensinar o caminho. Conheço igualmente quem mande nos pais, de tão modernos e amorangados que são. Outros são mais hip-hops e fazem o mesmo. Confundem-se. Embora pensem que são de tribos diferentes. O relativismo leva-los-á longe. Não tenho pena deles, dos pais e dos filhos, porque infelizmente só tenho sentimento de pena (e revolta activa) para com os animais maltratados.

Joana Lopes disse...

Isso vai mal?!
Então só há pena dos animais maltratados? Eu até gosto de (alguns) animais mas, que diabo, também há pessoas maltratadas!...

Anónimo disse...

Joana:
Bem dessas não tenho pena. De um ser humano maltratado não tenho pena, revolto-me. Denuncio. Barafusto. Ajudo se puder.
Agora de papás ou pais, como se queira, que não sabem o que proibir ou permitir não posso ter pena. Tenho dó. Ou o solfejo completo se quiser.