14.6.08

A cereja em cima do bolo
















«Familiar» terá sido o encontro de Bento XVI com Bush, segundo o Osservatore Romano.

Fala-se nos bastideros de uma possível conversão de George ao catolicismo. Baptismo no rio Jordão seria excelente, em Bagdad também não era mau. Terá assim pegado a moda em fins de mandatos anglo-saxónicos.

Nessa não vamos: Soares e Sampaio entraram e saíram de Belém agnósticos empedernidos, Cavaco já trouxe na raça o sinal da cruz.

Conversões, por cá, é mais para os lados de ex-PC’s e, vá lá saber-se porquê, no feminino: Zita Seabra e, pelo que me dizem, Cândida Ventura também.

Originais continuamos.

11 comments:

Anónimo disse...

Aquí estão os dois chefes mais poderosos do mundo, aposto que chegaram á conclusão de que:-uma mão lava a outra!
Fantástico!
Para quê palavras!
Joana,hoje não fiz perguntas!
Abraço

Joana Lopes disse...

Mas as perguntas são sempre bem vindas. As respostas é que nem sempre podem agradar...

Anónimo disse...

Cara Joana,

Uma confidência entre amigos: tb eu estou a pensar converter-me... E está autorizada, neste caso não só por ouvir dizer, a meter-me na "lista negra pública" dos conversos.

Abraço do
João Tunes

Joana Lopes disse...

Uma madrinha às suas ordens, João.
É só pedir.

Raimundo Narciso disse...

Cândida Ventura? Ela já não tem carreira política para trilhar como a outra.

Joana Lopes disse...

Não vou, porque não quero, entrar em polémicas a este respeito, Raimundo.

Mas talvez as luzes da ribalta venham de novo a incidir sobre ela muito em breve.

Anónimo disse...

Isto não parece seu, cara Joana.
Que factos graves ou vergonhosos a merecerem ribalta estarão para ser praticados, quem sabe se uma tentativa de canonização, por uma anciã com 90 anos? Passemos à frente dos rumores que ainda hoje fazem de Cândida Ventura a "bruxa má" da esquerda que não perdoa, nunca perdoa, que se mude (e onde só se aceitam conversos em viagem da direita para a esquerda). Diga-se o que é, ataque-se com base em actos (diga-se se se quiser, até que uma mudança quanto a religiosidade é crime político). Mas diga-se ou não se diga. Insinuar (mesmo que a besta tenha ganho estatuto de ter lombo para todos nele malharem) não é bonito de se ver.

João Tunes

Joana Lopes disse...

João,
Vamos lá ver se nos entendemos.

1 - Eu referi com reservas o facto de a CV se ter convertido, porque não vi isso escrito no branco como no caso da Zita Seabra.

2 - Disse agora ao Raimundo que as luzes da ribalta poderiam voltar a incidir sobre ela porque JULGO SABER - mais uma vez ponho sempre reservas enquanto não vejo-, que vai sair em breve uma nova edição, revista e aumentada, do livro que ela publicou em tempos. Chamará certamente a atenção, certo?

3 - Seu não parece pôr a idade da CV como argumento. Ela está viva, lúcida e é tão sujeita a referências como qualquer de nós. Ou não?

4 - Para sua informação e porque tenho autorização da própria para o divulgar: a Maria que viveu em Praga depois de 69, tema sobre a qual publiquei aqui um «post», é a Rosa, filha da CV, com quem mantenho contacto regular.

NADA ME MOVE CONTRA a pessoa em questão, mas tem de aceitar que não a canonize.

Amigos como sempre e um abraço

Anónimo disse...

tanta polemica!!!!! eu fiquei chocada sim quando soube que a minha mãe se fez baptisar!!!! Dão-me esse direito???

Vou continuar a escrever mas peço-vos desculpa preciso de continuar em Frances tenho muita dificuldade em faze-lo em portugues. Ma mere et moi avons ete eleve par son père un homme extraordinaire.... qui a sans doute ete a l'origine de tout son parcours de vie! Un homme qui avait ete forcé d'entré au seminaire pour devenir pretre et que sitot son pere mort l'a quité, il etait anti-eglise, dans le village ou j'ai vecu on etait la seule fammille a ne pas aller a la messe, à l'époque ce n'etait pas facile... c'etait quelqu'un profondement republicain, democrate et anti-fasciste!

C'est son choix! je le respecte mais j'ai ete choquée! et je peux comprendre que ça puisse choque d'autres personnes...

Je comprends l'admiration qu'on a encore pour Candida Ventura (moi aussi d'ailleurs) mais on peut quand meme s'etonné de certaines de ses positions et de ne pas comprendre ce "bapteme" tardive etc, etc. sans pour autant faire partie de la "gauche qui ne pardonne pas".

Abraços
Rosa

Joana Lopes disse...

Obrigada, Rosa.

Estas pequenas querelas são típicas da blogosfera e a vida continua.

Vamo-nos encontrando por aqui - e também por cá quando vieres.

Abraço

Anónimo disse...

Se me permite, umas palavrinhas ainda sobre o tema que obviamente não quero prolongar.

1) Não vejo nada de especial em que alguém se converta ou desconverta. E julgo não haver idade certa para quem o decide fazer. Também não concordo que de uma atitude religiosa de foro pessoal se possam tirar ilações políticas. Curzio Malaparte, que foi um fascista encartado, quando se viu à beira da morte, aderiu ao PCI e deixou-lhe os seus bens pessoais. Continua a ter sido um grande escritor e os seus livros continuam a ser lidos (deixou para a literatura alguns dos melhores retratos da guerra). Marcello Caetano parece que perdeu a fé católica quando envelheceu, não deixou de ser o ditador que foi. De Maria Barroso há muitos anos que se sabe da sua conversão ao catolicismo, a sociedade portuguesa não lhe perdeu o respeito. O antigo padre Edgar é hoje chefe do PCP na Madeira. Um outro, julgo que Martins, andou pela UDP e depois psssou pelo PS. Etc, etc, etc. É da vida, para a qual alguns decidem meter um naco de religiosidade e outros, tendo-o tido, deitam-no fora. Mas uns são mais "especiais" que outros, um gesto que façam é sempre percebido negativamente. E quando se quer bater em alguém com facilidade, alguém que rodou da esquerda para a direita, lá vêm a Zita Seabra e a Cândida Ventura... Politicamente, não vejo que a religiosidade contribua para critério de julgamento. Digo eu que sou (até me converter) ateu e anticlerical.

2) Só meti à baila a idade de CV, porque não imagino que tencione ser ministra quando fizer 100 anos.

3) Se vai sair um outro (ou revisto e aumentado) livro de CV, é óptimo. Ela tem muito para contar e é bom que deixe o máximo de testemunho. Como seu amigo, tentei incentivá-la a contar mais do que ela já contara. Se o meu incentivo deu um pequenino empurrão a esta nova edição, só posso ficar satisfeito com isso.

Claro que concordo com o amigos como dantes.

Abraço do
João Tunes