É raro o dia em que não chegam à minha caixa de correio várias petições com pedido de divulgação. É a primeira vez, que me recorde, que incluo uma neste blogue. Faço-o, pela sua carga simbólica e não por qualquer esperança de eficácia, através de um texto de Ana Gomes:
«Nos próximos doze meses, há quatro cargos de topo para distribuir na UE: Presidente do Conselho da UE, Presidente da Comissão, Presidente do Parlamento Europeu e Alto Representante para a Política Externa e de Segurança. O que é que têm em comum os nomes mais falados pela imprensa? Todos vestem fato e gravata. É este o traje que domina as fotos de família dos líderes europeus... desde sempre. Os líderes europeus devem ser escolhidos entre as pessoas mais competentes e ser representativos. Não acredito que entre 250 milhões de mulheres europeias, nem uma esteja à altura! A discriminação, na maioria das vezes indirecta, continua ainda hoje a impedir que os tectos de vidro sejam quebrados – como é bem visível nos cargos políticos de topo. Acho que é tempo de vermos pelo menos uma mulher entre os mais altos dirigentes da UE. Por isso, já assinei esta petição, lançada há dias, por uma eurodeputada dinamarquesa»:
<http://www.femalesinfront.eu/>
8 comments:
A Ana Gomes é um dos políticos mais antipáticos que já existiu (nunca esquecerei a sua expressão desorbitada e rancorosa quando atacou Jorge Sampaio na sequência da nomeação de Santana Lopes).
É também bastante descabelada e "radical aprés la lettre" pelo que é pouco provável que algum dia apoie uma campanha proposta por ela.
Para cúmulo a mulher faz-me sempre lembrar o Herman José, num sketch, em travesti de deputado europeu.
Tens razão, as embirrações não se discutem.
Trata-se de uma rejeição epidérmica...
Não vou discutir contigo a Ana Gomes (isso querias tu...), porque não é isso que está aqui em causa.
Mas até gosto dela. Posso?
P.S. - Já agora: cuidado com o machismo galopante.
Não sejas maquiavélica, os machos coitados já se encontram bastante desmoralizados e penso que nunca mais vão conseguir recuperar.
A Ana Gomes nem sequer é representativa daquilo que as mulheres têm de mais positivo e que eu acho que podia melhorar muito a política; é demasiado masculina no pior sentido do termo.
Deus nos livre de ver a Ana Gomes, por obra e graça de uma qualquer quota europeia, ascender a um dos cargos em disputa.
Será que ela está a apostar nisso ?
Só lá vai com mais um 25A
Infelizmente, não vislumbro o que possa ser um 25A a nível europeu.
Só vou aplaudir porque é minha convicção , que nem todas as mulheres são como a A.G.
Antecipo desde já as minhas desculpas pelo que possa parecer, a espíritos mais sensíveis, baixar o nível da conversa.
Mas, em minha opinião, há situações que o que exigem é gente de tomates e barba rija. Ora, cá para mim, tanto faz que sejam homens como mulheres a tê-los: uma e outra coisa.
nelson anjos
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