Bento XVI usa sapatos Prada, óculos Gucci, IPod Apple? O Osservatore Romano diz que não e aproveita para sublinhar a «simplicidade evangélica» do papa. (Se há expressão que lhe assente mal é esta, mas adiante.)
Mas o jornal do Vaticano explica melhor e vem dizer que os sapatos são de «chez Adriano Stefanelli»: exemplares únicos, cosidos à mão, pois evidentemente.
Ainda bem, porque nisto de marcas, ainda por cima com «simplicidade evangélica», os perigos espreitariam: acabaríamos por ter um papa vestido Zara com etiqueta Made in China, um papa-mobile Skoda lançado na Praça das Flores e a Basílica de S.Pedro invadida por altares desmontáveis do IKEA.
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6 comments:
Bela cadência, Joana!
Gostei do «cadência», Cristina (desta vez sem GOMES DA SILVA...)
Abraço
Este tema revolta-me particularmente.
Não só porque frequentei um colégio franciscano dos 4 aos 13 anos, aí para as nossas zonas, assim como porque aqui sinto a força do islão desgovernado... do excesso de religião, do excesso de hipocrisia e apercebo-me que isso ainda é fruto das cruzadas.
Sinto na pele todos os dias o mal que fizemos a estas gentes.Pode parecer uma opinião exagerada...mas não o é.
É de ficar doente...individualmente a maioria das pessoas são uma maravilha mas o todo...jasus...eheheh
As pessoas não podem ser elas próprias. Tenho amigos que não bebem uma cerveja comigo, pq de noite podem ser espancados...por pessoas que bebem a sua cerveja às escondidas.
Um abraço.
Não sei se é fruto das cruzadas, Jakk, mas é malefício de extremismos religiosos, certamente, o que estás a viver aí.
Passei um mês em Alger e fiquei impressionada, como tu, com essas hipocrisias de os argelinos não poderem beber um copo, comer um bife, etc. Serviam-nos a nós estrangeiros, embora me olhassem de esguelha (porque eu, nessa altura, traía bastante, fisicamente, as influências árabes por estas terras).
Estás a viver uma experiência muito especial, certamente dura - aproveita os aspectos positivos, porque vais lembrar-te deles durante toda a vida.
Ontem, na Charneca, falámos de ti.
Um abraço
Joana,
nem precisa. Entre gente de bem, as marcas distintivas não precisam de existir. Abraço
Realmente não é daqueles sítios onde uma pessoa se sinta propriamente bem vinda. Nem a vontade de conhecer coisas é muito grande. Não nesta faixa onde estou e onde já conheci praticamente tudo.
Quando me refiro às cruzadas, foi no sentido de ter sido um empurrão determinante para esta loucura religiosa que por aqui se passa... Os infiéis. Quanto mais falo aqui com as pessoas, mais impressionado fico... Os conceitos de liberdade(ou falta dela) ficam redefinidos...
É sempre bom saber que os amigos se lembram e falam de nós! Domo Arigato!
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