Tudo é muito recente para os americanos, mas há algumas coisas mais recentes do que outras e o Alasca é certamente uma delas.
Por pouco e a senhora Palin seria russa e estaria talvez a vender matrioskas e bonés de soldados soviéticos e a tirar fotografias a turistas à porta de uma barraca dedicada a Iuri Gagarine. Sim, porque por cá já íamos em D. Luís quando esquimós e antepassados dos governados por Sarah Palin passaram a ser americanos – mais exactamente em 1867.
Terra que ninguém invejava até que, poucas décadas depois, foram descobertas reservas de oiro. E foi já em pleno século XX, quando nós andávamos à procura da praia «dessous les pavés» e Koudelka fotografava os tanques soviéticos em Praga, que surgiu também petróleo.
Agora há multidões e multidões de turistas. E mal pensava eu, há apenas dois meses, quando me deliciei na lindíssima região de Skagway (uma das tais onde apareceu o dito ouro), que tinha lá aterrado uma little Sarah ainda recém-nascida.
O Alasca entra-nos agora pela casa dentro todos os dias, por razões que não merece. Skagway também não e nós ainda menos. Não será mais do que um pesadelo com fim à vista – we hope so.
1 comments:
no artigo do insuspeito Luís Campos e Cunha, no Público de 6ªf que cita o NYT: "Os nossos líderes nacionais estão a enviar [os nossos filhos para o Iraque] para uma tarefa que vem de Deus... é que há um plano e este plano é um plano de Deus". Bin Laden? Não, Sarah Palin.
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