24.1.09

Bento 16 soma e segue













Quatro bispos que tinham sido excomungados há 21 anos foram agora reabilitados pelo papa. Entre eles, Richard Williamson que, ainda três dias, terá negado a existência do Holocausto judeu numa televisão sueca.

Todos tinham sido ordenados pelo reaccionaríssimo Marcel Lefebvre, ele também excomungado, líder de um grupo de bispos tradicionalistas que sempre se opôs ao espírito do concílio Vaticano II.

Se é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus, é certamente muito mais fácil ainda ter um presidente negro na América do que um papa decente em Roma.

(Fonte)

P.S. – A controvérsia num artigo do Le Monde e a reacção das comunidades judaicas no El Pais.

14 comments:

Anónimo disse...

Papas decentes (e recentes) em Roma, são um caso raro: João XXIII, Paulo VI, parcialmente, eventualmente João Paulo I, que durou pouco ("limparam-lhe o sebo"?).

Mas um Papa "punk" e com asas de anjinho, só o da fotografia...

Jakk disse...

O estar longe daí dá-me tempo para ver as coisas com outra atenção e com outra pespectiva. Este mundo está todo ao contrário... creio que a Igreja Católica tem uma morte anunciada... ou assim o espero... e esse senhor só vei paressar o processo... O País mais rico do mundo... "Deus" deve adorar a Igreja...

Joana Lopes disse...

Jorge,
De acordo quanto às escolhas - já lá vão...


Jakk,
Estás enganado: a Igreja não tem «morte anunciada», é muito sábia na conservação dos seus «valores». Foi abalada pelo Vaticano II e travou o processo a tempo.

Ana Cristina Leonardo disse...

pelo título, de repente, pensei que o bento fazia anos hoje... afinal, só reabilitou mais uns bispos...

antónio m p disse...

Lá virá o dia em que alguém terá que reabilitar o próprio Bento. Quanto ao fim da Igreja e glosando a feliz invocação da agulha, é mais fácil a Igreja acabar connosco do que nós com ela - porque a Igreja se alimenta de "nós", das nossas debilidades intelectuais. É assim como o futebol..., mas sem as alegrias.

Anónimo disse...

Como diz, Joana, a Igreja tem sabido resistir e sobreviver mas há-de chegar o tempo da definição: ou os cristãos ou esta Igreja Apóstolica Romana. A certeza da força da consciência cristã leva-me a acreditar que serão os crentes a mudar a Igreja e não esta Igreja a roubar-nos a fé.

Anónimo disse...

Jakk.
No vaticano ainda està muito ouro nosso,foram là paràr com falsos milagres!!Lembras-te da àgua das ràtas?Faziam milàgres mesmo com ràtas...o futebol é iguàl os politicos seguem à risca o que o imperador romano deichou-lhes como herança.Manuel

Anónimo disse...

Mesmo a mére Tereza de Calcutà disse-lhe que tinha duvidas que deus existise,é por isso que ele tem os cabelos em pé...nem os chapéus estranhos que ele usa nâo quérem saber nada desse nazista.manuel

Anónimo disse...

Cristã: espero sinceramente que o futuro lhe dê razão! Houve momentos no passado em que achei que era isso mesmo que iria acontecer. Sobretudo com todo o envolvimento do Concílio Vaticano II. Depois, como acontece na sociedade civil com a política, há sempre umas forças (que ainda não sei bem como a adquirem) que, aparentando estar com os movimentos evolutivos, se apoderam deles e os vão aniquilando, até as evoluções, as mudanças se irem ficando pelo acessório, pela imagem, pelo folclore. Era importante a adaptação da liturgia à língua viva de cada País? Sem dúvida, porém não era o essencial. O essencial foi-se indo e a própria Liturgia foi perdendo o fulgor inicial e agora até oiço (ou leio) dizer que o Papa Bento XVI está, pelo menos, aberto ao recuo até ao latim vernacular.

Ele, enquanto Cardeal Ratzinger, da Congregação para a Doutrina e a Fé, sucessora do Santo Ofício, por sua vez, de certo modo, sucessor da Sagrada Inquisição, é um dos rostos visíveis que tiveram a responsabilidade da negação daquilo que muitos cristãos esperaram com o acto corajoso de João XXIII ao convocar o último Concílio. E com a responsabilidade, ao lhe dar uma cobertura pelo menos tácita, de João Paulo II.

"Serão os crentes a mudar a Igreja"... Talvez. Muitos anos, no entanto, irão passar até isso ser possível. Pelo que observo em Portugal a grande maioria dos fiéis praticantes são idosos sem grande empenho. Existem grupos que, por pouco se ouvir alguma coisa que deles surja, se poderão considerar quase como que como clandestinos ou, pelo menos, ultra-minoritários.

Enfim, tenho alguma tendência para reter um tanto as experiências negativas que fui colhendo ao longo da vida. Quero que, por isso, não se deixe desanimar pelas minhas palavras, mas antes que estas apenas a possam deixar de sobreaviso perante optimismos festivos exagerados.

Joana Lopes disse...

Cristã (já ando baralhada com as suas identidades, mas esta é, de facto, a mais apropirada aqui...): seria caso para dizer «Deus a oiça!», mas infelizmete estou mais com o Jorge Conceição.

Anónimo disse...

Si proximo de 200 cientistas e directores d'Universidade ,escreveram ao tipo que dormia no ombro de deus,para lhe direm se o criacionismo nâo sai das nòssas escolas,em pouco tempo os U.S.A ficam atrasàdos com cientistas!!É preciso conhecer o género de lavajem ao cérebro que fazem os Évanjelistas conhecer os Stats para ver que nâo é a cidade que nunca dorme que New Yorck nâo é os Stats!?! Manuel

Anónimo disse...

Jorge e Joana, é precisamente porque a população católica está a envelhecer e porque há fé sem Igreja mas não há igreja sem crentes que sou optimista quanto a uma renovação.mas, sim, concordo, levará tempo.

Anónimo disse...

Volto a comentar este "post" depois de ler o artigo publicado hoje em parceria da "Rue89" com a "Golias Hebdo", com o título «Comment le pape fait entrer un schisme au cœur de l’Eglise» da autoria de Christian Terras, director da Golias Hebdo (ver o texto em http://www.rue89.com/2009/01/29/comment-le-pape-fait-entrer-un-schisme-au-cœur-de-l-eglise).

Depois de historiar o sisma dos integristas e das várias tentativas de acordo efectuadas, enumerando as condições para que a integração pudesse acontecer, onde se verifica que o Papa foi cedendo aos integristas até retirar todas elas, excepto a do reconhecimento da autoridade máxima da Igreja Católica, o articulista faz as seguintes observações:

"En inscrivant un schisme au cœur de l’Eglise catholique, le pape Benoît XVI a pris une lourde responsabilité: celle de vouloir régler un schisme intégriste tout en en provoquant un autre.

Celui-là ne se mettra pas en scène, ne pratiquera pas le lobby incroyable que les intégristes n’ont eu de cesse de mener auprès du Vatican depuis vingt ans pour arriver à leurs fins. Ce schisme rampant sera celui des membres du Peuple de Dieu, qui, en partant sur la pointe des pieds, sans bruit, sans éclats, videront une dernière fois l’Eglise de sa substance la plus évangélique et la plus missionnaire, ne se reconnaissent plus dans une Ecclesia qui, pour "sauver" moins de 100 000 personnes d’un schisme intégriste, en perdra dans les mois prochains dix fois à vingt fois plus…"

Anónimo disse...

Esperança de receber alguma ajuda de entreasbrumasdamemoria.blogspot.com se eu tiver alguma dúvida.