5.2.09

Em terras de Chiang Kai-shek











Leio que os finalistas de uma universidade de Chongqing são agora obrigados a fazer um estágio de seis meses, como professores, em regiões montanhosas e com condições de vida complicadas. Impossível não pensar na «reeducação no campo» da velha Revolução Cultural e os estudantes atingidos referem-no e protestam: «Somos de uma época diferente. Não aceitamos ser manipulados como corpos sem alma.»

Um livro publicado pela Academia das ciências sociais, já não vermelho mas agora azul, dá conta de que, em 2009, haverá mais seis milhões de licenciados no desemprego. As razões para as decisões serão portanto outras, mas terá ficado a marca indelével das obrigatoriedades.

Um aparte: passei umas horas em Chongqing, capital da China em tempos de Chiang Kai-shek. Não me lembro de alguma vez ter guardado piores recordações de uma cidade: caótica, feiíssima, com uma poluição devastadora. Ser mandado para o campo talvez seja, neste caso, uma bênção dos céus...

(Fonte)

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