Recebo este panfleto por mail, oiço no Youtube, leio na página oficial que «O hino do PS é a “Internacional”, com letra em português e na versão aprovada pelo Partido.» (Estatutos, art. 2)
Ainda é verdade, portanto! Mas faz algum sentido? Não foi para a gaveta? Ainda se canta?
(Gosto sobretudo daquela parte: «Nunca mais no campo de batalha, Irmãos se voltem contra irmãos».)
10 comments:
"não mais suor de quem trabalha, floresça em fruto noutras mãos"
pois...
...são as contradições do processo histórico, Joana. Abraço e bom domingo
só para deixar um elogio ao seu Brumas. Há lá coisa más linda do que um belo cão/cadela?
Muito melhor do que a toupeirinha.
Bom domingo!
Melhor ainda seria um gato ou qualquer outro felino, que são a figuração da total independência. Não têm "amos"! Ou pelo menos não os reverenciam. Não lhes devem favores.
E também partilham: experimente algum cão concorrente tirar a comida a outro cão. Será repelido. Aproxime-se um gato desconhecido do prato de um gato que come. Geralmente acabam por comer os dois.
Há algumas dezenas de anos que não canto a Portuguesa. E nunca deixei de cantar a Internacional, sempre que para tal tive ocasião. Ainda hoje a Internacional me traz alguma emoção.
Desculpa, Joana, mas a interpretação que tu encontraste é tão adocicada que, essa, me deixou bastante indiferente. Foi o que encontraste no Youtube e nem sei se é a versão do PS. Se for, então estará bem... para a maior parte dos que são do PS.
Álvaro Cunhal não é, para mim, um exemplo, e julgo que nunca foi – estou hoje muito generoso comigo mesmo – ,mas não esqueço as imagens daquele 1º de Maio, a seguir ao 25 de Abril, no estádio da Inatel, com o Cunhal cerrando os lábios, sem acompanhar o canto da Portuguesa e chamando para junto de si, ladeando-o, um soldado e um marinheiro. É ver as velhas imagens para confirmar, ou não, se foi mesmo assim. Esse Cunhal admiro-o eu. E por muito mais, claro está.
Eu refiro aqui um episódio que julgo interessante. Na altura do PREC, não sei precisar a data, eu organizei, ou fiz algo a que se poderá chamar tal, uma manifestação, integrada com gentes doutros países, de apoio à Rádio Renascença. Forçosamente apareceram muitos que eram portugueses. Na altura estavam aqui muitos refugiados, brasileiros, chilenos, argentinos. Além do que havia muitos europeus e mesmo pessoas doutros aléns mar. Com múltiplos contactos estabelecidos. E havia ainda aquela espécie de turista político. Havia e eram muitos. Pois, a manifestação fez-se, em frente do edifício ao Chiado. Para não exagerar, direi que reuniu entre cem a duzentas pessoas. Pois esses manifestantes cantaram a internacional em diversas línguas, as línguas que eram a dos seus próprios países.
Possivelmente, foi a primeira manifestação em Portugal e a céu aberto em que tal aconteceu. A Internacional cantada internacionalmente em diversas línguas.
Só uma referência pessoal, um tanto para me situar. Eu organizei essa manifestação, enquanto elemento da direcção do PRP (julgo que sem BR na altura) responsável pelas relações internacionais, e acabei por nela participar como seu elemento de base. Elemento de base que seguia silenciadamente para a porta de saída. O que aconteceu, mais ou menos, em fins de 1975
Alex,
Pois, as citações possíveis seriam várias..
De acordo, Cristina, mas há que ir adaptando estes sinais exteriores à realidade das diferentes etapas do dito processo histórico.
Maria e Jorge,
A toupeira foi uma graça, este cão é real e é o ser não racional de que mais gosto neste mundo.
Gosto de o ver no Twitter!! Até lá, portanto.
Zé de Sousa,
A Internacional deixar-me indiferente é algo que não consigo imaginar. Como não imagino, hoje,um congresso do PS a cantá-la.
E, sim, a versão do Youtube que aqui está é cantada «oficialmente» pelo PS, com logotipo e tudo.
Joana
Obrigado pela informação.
Creio que fui confuso naquilo que escrevi. Se não canto a Portuguesa desde os meus 16 anos, por uma espécie de repulsa pelo que representa um hino nacional e aquele, em particular, nessa época, e se registei o Cunhal a não a cantar no 1º de Maio, em contrapartida, eu nunca deixo de cantar a Internacional quando me surge a ocasião. E faço-o, ainda hoje, com comoção. Eu, que canto horrorosamente e que tento não estragar coros, berro sempre bem alto “Bem unidos, façamos” . Com toda a vibração.
Ou fui confuso naquilo que escrevi ou li mal o que escreveste. Teria piada ver o que seria a Internacional para os vários sectores de oposição ao regime anterior.
Só que aquela versão do PS, a do You Tube, está tão desvitalizada, tão morna que me deixou bastante indiferente. Aquela e só aquela.
Um abraço
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