Aproximam-se todas as querelas eleitorais que vão desunir-nos, volta à baila a questão das quotas por género na elaboração das listas de candidatos a tudo e mais alguma coisa e regressam os defensores dos argumentos a favor ou contra. Sou a favor – como medida provisória, até deixar de ser necessária, como já deixou de o ser noutras paragens menos abigodadas. Sem lutas passadas do mesmo tipo, ainda não teríamos direito ao voto e precisaríamos de autorização do marido para jogar à roleta no Casino.
Estarão nas listas muitos nomes só porque se trata de primas, vizinhas, amásias ou senhoras das Finanças que dão uns jeitinhos? E daí? Quantos homens não serão apenas primos, vizinhos, donos de casas de alterne ou construtores civis mais ou menos habilidosos? Ou alguém acredita que haja 50 ou 60.000 portugueses politicamente competentes para ser autarcas?
Engraçado seria uma lei que obrigasse a alternância na candidatura a PR – em 2011, só mulheres! Pelo menos afastavam-se desde já todas as especulações quanto à possibilidade de Cavaco não se recandidatar porque lhe treme a mão direita e de Alegre não avançar para a união das esquerdas por ainda não ter decidido se quer ir para Belém ou para a cadeira de Jaime Gama.
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