Foi notícia há uns meses: um casal espanhol decidiu recorrer a uma técnica de reprodução assistida, que permitiu que tivessem um segundo filho com características genéticas adequadas para que fosse tentada uma transplantação de células num irmão de sete anos, que sofria de uma doença hereditária incurável.
Sabe-se agora que a operação teve aparentemente sucesso e que o bebé, nascido em Outubro de 2008, poderá ter salvo o irmão.
Claro que um bispo espanhol já tinha condenado a operação acusando-a de «fabricar vidas». Claro que o Vaticano nunca a aprovaria. Claro que Mr. Bush também não. Claro.
(Fonte)
1 comments:
Apesar dos resultados terem sido os melhores e de toda a família (e assim todos) terem ganho com o sucedido, poder-se-á colocar algumas questões que me parecem pertinentes: oo que sucederia se o nascituro não fosse compatível com as necessidades do irmão? Quais serão as relações familiares que se virão a estabelecer nesta família?
Em vários países isto já é uma prática algo habitual e parece-me que, em alguns casos, as coisas correm muito mal. Sobretudo nos casos em que se vem a mostrar que o novo filho não é compatível.
São questões que importa reflectir não esquecendo que se salvou uma vida que seria obrigatoriamente sofrida e que levaria a muito sofrimento na família (restrita e alargada, certamente).
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