Pus-me a caminho da margem Sul ontem de manhã, preparada para filas de carros e algumas horas de espera. Mas aparentemente consegui fintar os horários das estátuas, almocei calmamente na praia e regressei na «derradeira hora antes da consagração», segundo me dizia então uma locutora da RR (ou talvez teóloga, nunca percebi muito bem).
Li mais tarde que o cardeal Policarpo afirmara que «só não sente o amor de Cristo quem não quer» e que «Cristo abre os braços sobre todos os habitantes da cidade».
Cereja em cima do bolo, o nosso PR (que deve portanto sentir a fé porque quer) lembrou aos jornalistas que «nos tempos de crise, é normal que os crentes procurem um abraço de Cristo-Rei, como consolo e como protecção».
Abraços de pedra, um pouco gélidos certamente, mas com os quais os incréus não querem contar para se protegerem dos malefícios do subprime.
Tirem-me deste filme!
(A foto é do site da Presidência da República.)
3 comments:
:)
também lá passei. (credo), mas havia fila era para a praia.
O sr Presidente fazia bem estar caladinho (sobre o abraço) o cardeal estava a vender o "peixe". Essas manifestações de "fé" dão-me sempre muita tristeza.
Olá Joana!!
O prometido é devido...Eis a primeira de, espero, muitas vezes.
Estou de acordo, tirem-me deste filme, mesmo!
Pelos vistos em Angkor o que faz falta é um cristo rei para abraçar os desgraçados que vimos naqueles "barcos casa". Aquela nossa viagem Vietname/Cambodja ainda me está na pele e no espírito (incluindo a magnifica indemnização que irei emoldurar...).
E que tal Reino do Butão para o ano que vem???
bjs
Olá, olá! Até parece que voltei a sentir os 39º à sombra!!!
Pois Angkor é ligeiramente mais bonito que o Xto-Rei... Que filme!
Porque não Butão em 2010!? Talvez mas ando a ver se ainda faço mais qualquer coisa este ano. Sem grande coragem para o transiberiano. Irão? Ainda não perguntei impressões aos que foram este mês.
Grande abraço e volte...
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