3.5.09

Da juventude perdida, em Maio

Um pequeno-grande romance de Patrick Modiano, que nos faz vaguear por Paris, num exercício de memória e amnésia, sem dúvida um tanto melancólico, mas que vale a pena seguir (*).
De uma forma pouco linear, o autor retrata-nos a personagem da misteriosa Louki, através de alguns outros estranhos olhares. Não menos aliciante: leva-nos a ruas e a cafés onde nos reencontramos com a boémia parisiense dos anos 60.

Leitura adequada para estes primeiros dias de Maio, para sempre ligados a Paris e a 68, mesmo se não é de esperar que se repita a febre comemorativa que, há um ano, invadiu uma parte da blogosfera. O aniversário não é agora um número redondo e os ventos não sopram na direcção de efemérides mais ou menos utópicas. Mas não fará mal a ninguém (nem mesmo às justas causas de Bernardinos, Vitais e Vitalinos) recordar que em 3 de Maio, há 41 anos, a Sorbonne foi ocupada e que foi nesse dia que começaram as primeiras grandes manifestações de estudantes.
Regressam portanto Conh-Bendit e Dominique Grange (com ruídos da época...), já que ambos ainda aqui andam pelos meus arquivos.


Intervention de Daniel Cohn Bendit
envoyé par ina









(*) No café da juventude pedida, ASA, 112 p.

3 comments:

Anónimo disse...

Eu estava lá! Inesquecível!

Anónimo disse...

Este já fica na minha lista, Joana.

Pedro C.

Joana Lopes disse...

Não perderá o seu tempo, Pedro.