29.6.09

«Silly season»? Aí está ela: Cavaco versus Marcelo

















É impressão minha ou estes também andam um pouco nervosos?

Marcelo Rebelo de Sousa, ontem, 28/6, no programa «As escolhas de Marcelo»:
«Eu acho que o Presidente não foi feliz no comentário que fez. (…) Num processo judicial em curso, o Presidente não pode formular juízos porque a sensação é que está a condenar aquelas pessoas que ainda não foram condenadas. E levanta-se uma questão: tenciona fazer o mesmo noutros processos, com outros banqueiros, com outra gente ligada à Banca? Também se vai pronunciar? (…) O Presidente não devia ter dito aquilo.»

Cavaco Silva, em Nota Informativa da Presidência da República, hoje, 29/6:
«Nos últimos dias, por mais de uma vez, surgiu na comunicação social a informação de que o Presidente da República teria, no passado dia 25, durante a sua visita ao AvePark, em Guimarães, formulado juízos sobre um processo judicial envolvendo alguns ex-administradores do BCP. Não é verdade, como qualquer cidadão pode verificar pela gravação vídeo das declarações então proferidas pelo Presidente da República, constante do site da Presidência da República www.presidencia.pt.
Depois de responder a uma pergunta sobre um eventual negócio entre a PT e a TVI, uma jornalista inquiriu o Presidente da República sobre a banca portuguesa.
Na sua resposta o Presidente da República limitou-se a falar da importância da estabilidade do sistema financeiro para o crescimento económico dos países e sobre as reuniões do Conselho Europeu e do G20, em Londres, sobre a estabilização do sistema financeiro internacional. »

1 comments:

José de Sousa disse...

Estão nervosos, estão. Na linha de partida e no momento do arranque, que corredor não estará nervoso. E Cavaco Silva, ali metido no seu pelotão, também o está.
Marcello está noutro lado. Na claque. Incita-os ou não. E quando assobia ou faz pateada assusta os outros, mas ele diverte-se.
Cavaco, homem tímido e inseguro –boas razões tem para isso –, em representações que compungem pelo seu patético, pede informações à PT e à TVI, em nome da transparência e da ética nos negócios. Um grande vulto, com solenidade e gravidade, com autoridade.
E, ao fim – a acreditar nos jornais – , não cortando com as perguntas dos jornalistas, como devia, emite juizes sobre processos que estão em curso. ”Não pode”, diz Marcello. Pode, pode... o que não pode é calar o disparate, quando se lhe oferece a ocasião. Àquele homem, faz-lhe mal um pouco mais de exposição.
E Marcello, na bancada, não só assobia, como, e todos o fazem, vai dando a estratégia: José Sócrates, com duas ou três semanas como aquela, perde as eleições. Pelo que me lembro, foi o que disse. Ao trabalho, pois, rapazes !