É conhecida a importância que a blogosfera tem em Cuba e a extraordinária solidariedade entre bloggers, que tem permitido ultrapassar toda a espécie de obstáculos que tentam travar a actividade – com coragem, persistência e também alguma imaginação.
Pablo Pacheco é jornalista independente, do chamado «Grupo dos 75», condenado, em 2003, a 20 anos de cadeia, que cumpre neste momento na prisão de Canaleta, em Ciego de Ávila. Há mais de duzentos presos em Canaleta, que passam longos dias com privações de vária ordem, como falta de água que chega a durar dezasseis horas debaixo de um calor abrasador, cortes na autorização para ver televisão, entraves à utilização de telefones.
Tem desde Maio um blogue, Voz tras las rejas, criado por amigos e que ele alimenta ditando os textos por telefone, a partir da prisão. Existe já uma versão em inglês e uma outra em português.
Desde o primeiro minuto, pôs o blogue à disposição das famílias dos companheiros presos: «Na minha opinião, o movimento de bloggers, em Cuba, é uma excelente alternativa aos espaços de liberdade de que a Ilha necessita com desespero. (…) Considero-me, nesta tétrica prisão, a voz dos que não tem blogue. E quem tem hoje menos voz, em Cuba, são os presos - por diferentes motivos, digo sem medo de me enganar, a palavra mais escravizada entre os 11 milhões de cubanos é a dos condenados.
Por isso temos o dever de os ajudar, pois Cuba precisa deles. Convertemo-nos na capa e espada, na voz daqueles com blogue ou sem blogue, pois este é o verdadeiro rosto do poder da solidariedade.»
Assim se tecem as redes das cumplicidades possíveis, que vão quebrando barreiras, em pequenas mas significativas etapas, e que vão matando o tal medo que um dia acabará – inevitavelmente.
Pablo Pacheco é jornalista independente, do chamado «Grupo dos 75», condenado, em 2003, a 20 anos de cadeia, que cumpre neste momento na prisão de Canaleta, em Ciego de Ávila. Há mais de duzentos presos em Canaleta, que passam longos dias com privações de vária ordem, como falta de água que chega a durar dezasseis horas debaixo de um calor abrasador, cortes na autorização para ver televisão, entraves à utilização de telefones.
Tem desde Maio um blogue, Voz tras las rejas, criado por amigos e que ele alimenta ditando os textos por telefone, a partir da prisão. Existe já uma versão em inglês e uma outra em português.
Desde o primeiro minuto, pôs o blogue à disposição das famílias dos companheiros presos: «Na minha opinião, o movimento de bloggers, em Cuba, é uma excelente alternativa aos espaços de liberdade de que a Ilha necessita com desespero. (…) Considero-me, nesta tétrica prisão, a voz dos que não tem blogue. E quem tem hoje menos voz, em Cuba, são os presos - por diferentes motivos, digo sem medo de me enganar, a palavra mais escravizada entre os 11 milhões de cubanos é a dos condenados.
Por isso temos o dever de os ajudar, pois Cuba precisa deles. Convertemo-nos na capa e espada, na voz daqueles com blogue ou sem blogue, pois este é o verdadeiro rosto do poder da solidariedade.»
Assim se tecem as redes das cumplicidades possíveis, que vão quebrando barreiras, em pequenas mas significativas etapas, e que vão matando o tal medo que um dia acabará – inevitavelmente.
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