31.8.09

Uma questão de probabilidades













Em 1988, eu trabalhava e vivia na Bélgica com a família. Para evitar uma das habituais e terrivelmente cansativas vindas a Lisboa em tempo festivo, decidimos ir aos Estados Unidos, embora eu tivesse regressado de Nova Iorque três semanas antes – nunca se deve contar as vezes que se vai a esta cidade, mas sim as oportunidades perdidas de o fazer.

Por razões de férias escolares do meu filho, só poderíamos partir já bem perto de 24 de Dezembro, de preferência a 21. No meu local de trabalho – o paraíso na terra que Adão e Eva gostariam de ter conhecido -, tínhamos tudo até uma agência de viagens, gerida por um companheiro quase quotidiano dos meus almoços. Quem me conhece sabe que detesto desistir seja do que for e quase o torturei para que me conseguisse os lugares que eu pretendia nos voos Bruxelas / Londres / Nova Iorque – os tais do dia 21. Sem sucesso, fomos obrigados a ir na véspera.

Já num hotel em Manhattan, vi as imagens do PAN NAM 103 do dia 21 de Dezembro de 1988. Sempre que volta a falar-se de Lockerbie, como é o caso agora, ainda fico paralisada.

1 comments:

José de Sousa disse...

A tua evocação fez-me lembrar um artigo em Le Temps, um jornal suíço que eu considero isento, tanto quanto isso é possível, artigo esse de que eu vou pôr aqui o respectivo link. O artigo é perturbador, mas não é por o ter lido que eu questiono qualquer tipo de verdade sobre o assunto. O que eu desejaria é que pudéssemos confiar um pouco no que é “sabido” pelo meio dos jogos políticos e dos jogos de poder que se vão fazendo nos nossos tempos. Até porque também cansa isto de estar sempre a desconfiar.E de pensar que nada se sabe.
Um abraço

http://www.letemps.ch/Page/Uuid/77ce5786-9412-11de-bc38-d25fba637595/Les_incohérences_de_la_piste_libyenne