30.10.09

Colóquio sobre as eleições de 1969 - Amanhã, 31/10

«As eleições de 1969 e as Oposições, 40 Anos depois»
31 de Outubro
Instituto de História Contemporânea

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«O quadro em que se realizaram as eleições de Outubro de 1969 colocou no centro de debate entre as oposições a questão do fim do regime e da transição. A abertura liberalizante por parte de Marcello Caetano não deixava ninguém indiferente, por mais que formalmente todos o negassem. Apesar de tudo, começava a construir-se um caminho que parecia apontar para uma participação eleitoral unida de comunistas e socialistas, que se consubstanciava na plataforma de S. Pedro de Muel. Todavia nunca deixara de borbulhar uma tensão surda pela hegemonia. CDE e CEUD serão a expressão legal para fins eleitorais dessa tensão que voltaria a dividir as oposições, ao mesmo tempo que outros sectores – católicos, monárquicos e radicais – ganhavam neste contexto alguma expressão. Apesar da velha querela entre ir ou não às urnas, as listas da oposição irão a votos com resultados bastante modestos num processo marcado mais uma vez pela manipulação, pela arbitrariedade e pela violência governamental. Nas eleições de 1969 com as oposições divididas e a repressão do governo esfumavam-se as ilusões numa via de transição gradualista, mas, ainda assim, germinava um novo modelo de organização oposicionista, configurando uma viragem significativa nos seus modos de operar na legalidade.»

3 comments:

Eduardo Miguel Pereira disse...

Gostaria de assistir, mas não me eoncontro em Lisboa.
Gostaria sobretudo de ouvir Jorge Sampaio (CDE) e Mário Soares (CEUD) explicarem como é que, anos depois, se reencontraram no PS, tendo eles estas origens, de certa forma distantes, sob o ponto de vista ideológico.
Dois políticos "profissionais" que não ligam a essas minudências da ideologia !!!

Joana Lopes disse...

Por acaso até teria muito em lhe explicar, mas não dá numa caixa de comentários. Acompanhando por exemplo a história do MES, percebe-se.

Jorge Conceição disse...

Colóquio bem oportuno que eu não poderei perder.

Na lista de apresentações não é explícita a presemça duma saída das eleições de 69 que, apesar de ser do regime na sua versão marcelista, representava no seu interior algum espírito crírico. Refiro-me à Ala Liberal que esteve na génese (e, por isso, mais importante é a sua invocação) do futuro PPD, depois do 25 de Abril. Mas, presumo, isso estará diluído nas diversas exposições.