13.11.09

E não se trata apenas de contar os mortos
















«A verdade dos números, porém, é complexa e jamais será decifrada na sua totalidade. O que não significa a anulação de um dever de memória para com os milhões de seres humanos, “marcados todos como traidores” como escreveu o prisioneiro-poeta Alexander Tvardovsky, que não se compadece com leituras negacionistas ou manipuladoras. Sabemos de que maneira, do lado dos complexos doutrinários que procuram moldar artificialmente a História, quando a realidade não cabe no argumento se distorce a realidade. É isto que tem procurado aplicadamente fazer o actual esforço revisionista e desculpabilizador dos métodos e das metas do Gulag.»

De um artigo de Rui Bebiano, Rever e desculpabilizar o Gulag, publicado no Público de hoje e que pode ser lido, revisto e aumentado, em A Terceira Noite ou nos Caminhos da Memória.

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