«A última foi um pedido de intervenção "preventiva" do presidente da República para impedir as oposições de… votarem contra o Governo, já que isso poria em causa o "normal funcionamento das instituições".
A questão não é tanto a do voto, mas a de esse voto não ser, como nos gloriosos anos de maioria absoluta, um mero voto de vencido. Desses anos, o deputado guarda ainda a melancólica memória do que é a "normalidade" parlamentar. O Parlamento deve dizer sempre ámen ao Governo, e assim é que exercerá a função fiscalizadora que a Constituição lhe atribui.
Um Parlamento com vontade própria, que faz leis que o Governo executa em vez de se limitar a aprovar leis feitas pelo Governo, não é um Parlamento "normal". Por isso, é perfeitamente "normal" que seja chamado à pedra pelo presidente da República.»
Manuel António Pina, no JN, sobre o deputado do PS, Ricardo Rodrigues.
A questão não é tanto a do voto, mas a de esse voto não ser, como nos gloriosos anos de maioria absoluta, um mero voto de vencido. Desses anos, o deputado guarda ainda a melancólica memória do que é a "normalidade" parlamentar. O Parlamento deve dizer sempre ámen ao Governo, e assim é que exercerá a função fiscalizadora que a Constituição lhe atribui.
Um Parlamento com vontade própria, que faz leis que o Governo executa em vez de se limitar a aprovar leis feitas pelo Governo, não é um Parlamento "normal". Por isso, é perfeitamente "normal" que seja chamado à pedra pelo presidente da República.»
Manuel António Pina, no JN, sobre o deputado do PS, Ricardo Rodrigues.
3 comments:
Este senhor, Ricardo Rodrigues, é uma figura bizarra.
Exacto: ainda hoje se fartou de falar na AR. Penso que é um dos VP's da bancada socialista.
Um de PSD que me faz imensa impressão é Hugo Velosa. Para não falar de Arnaut, mas isso é outro campeonato.
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