Zé Neves é para mim o blogger mais estimulante que leio actualmente e publicou hoje no 5 Dias um excelente texto: O Outro Lado da Crítica.
Não está em causa o motivo ou pretexto com que o inicia, mas o fundo da questão, que pode ser resumido nesta frase, aparentemente trivial mas que está longe de o ser: «Limitarmo-nos ao que é possível é limitarmo-nos ao que é evidente e o nosso papel político não é apenas governar o possível, mas também ir além do que é evidente.»
Mas há mais, muito mais, como por exemplo: «E regresso ao início, quando disse que a ideia de que a política é a arte do possível me parece simultaneamente pouco radical e pouco sensata. Pouco radical porque limita o possível ao que é evidente, como já disse, e pouco sensata porque poderá trazer consigo o princípio do vanguardismo, seja reformista ou seja revolucionário, pois a ideia de que a crítica seria insuficiente parece muitas vezes ser, acima de tudo, o sinal de uma nossa incapacidade em encontrarmos possibilidades de transformação além da linguagem construtiva (e neste sentido, não-crítica) que caracteriza o discurso político-ideológico-científico.»
E para deixar aqui uma nota de humor: «Por cima do bolo, a cereja: o lugar dominante dos dias de hoje e que é dizer-se que não basta criticar, que é preciso também construir, e que o mal dos portugueses é só saberem criticar. Depois queixem-se que o pior livro do José Gil é o que mais vende e que a Laurinda Alves ainda será eleita deputada.»
Não está em causa o motivo ou pretexto com que o inicia, mas o fundo da questão, que pode ser resumido nesta frase, aparentemente trivial mas que está longe de o ser: «Limitarmo-nos ao que é possível é limitarmo-nos ao que é evidente e o nosso papel político não é apenas governar o possível, mas também ir além do que é evidente.»
Mas há mais, muito mais, como por exemplo: «E regresso ao início, quando disse que a ideia de que a política é a arte do possível me parece simultaneamente pouco radical e pouco sensata. Pouco radical porque limita o possível ao que é evidente, como já disse, e pouco sensata porque poderá trazer consigo o princípio do vanguardismo, seja reformista ou seja revolucionário, pois a ideia de que a crítica seria insuficiente parece muitas vezes ser, acima de tudo, o sinal de uma nossa incapacidade em encontrarmos possibilidades de transformação além da linguagem construtiva (e neste sentido, não-crítica) que caracteriza o discurso político-ideológico-científico.»
E para deixar aqui uma nota de humor: «Por cima do bolo, a cereja: o lugar dominante dos dias de hoje e que é dizer-se que não basta criticar, que é preciso também construir, e que o mal dos portugueses é só saberem criticar. Depois queixem-se que o pior livro do José Gil é o que mais vende e que a Laurinda Alves ainda será eleita deputada.»
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