Fica o link mas também a notícia na íntegra (de hoje, Sábado, 14:03), não vá alguém ter preguiça de ir à fonte (o realce é meu).
As Noivas de Santo António são um evento transcendente, interessante, incontornável? Certamente que não. Mas há quem goste e esta é mais uma inacreditável cedência a várias coisas e uma descriminação como outra qualquer.
«Num comunicado acabado de chegar às redacções, o presidente da autarquia, António Costa, declara que, afinal, não é sua intenção “propor à Igreja qualquer alteração ao actual modelo em decorrência da entrada em vigor da legislação que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Este comunicado surge após um artigo publicado na edição de hoje do "Diário de Notícias" segundo o qual a Igreja iria abandonar a iniciativa destinada a promover o matrimónio na cidade, e que nos últimos anos passou a incluir também uniões civis e de outros credos, e não apenas católicas. O Patriarcado nega uma relação directa entre a intenção de se desvincular dos Casamentos de Santo António e o anúncio feito pela autarquia da sua abertura a uniões gay, preferindo aludir a críticas dos fiéis sobre a forma como têm decorrido as últimas edições – precisamente com casamentos civis e entre pessoas de outras religiões.
“Sendo uma iniciativa municipal, os Casamentos de Santo António resultam de um entendimento com a igreja católica, pelo que nunca houve alteração a este evento que não tivesse sido acertada com a Igreja”, refere o comunicado de António Costa. “Foi neste quadro que se introduziram os casamentos civis e de outras confissões religiosas”.
“É claro para o presidente da Câmara de Lisboa que, sem prejuízo de considerar o respeito a qualquer fórmula de constituir família, é necessário respeitar os sentimentos religiosos associados à figura de Santo António, um santo da Igreja Católica Apostólica Romana”, prossegue. “Para que não haja equívocos, não haverá qualquer alteração ao actual figurino dos Casamentos de Santo António que não seja previamente acertada com a Igreja”.
Quanto à posição da câmara de há dois dias, António Costa refere-se a ela como uma informação errada prestada pelos serviços municipais.»
As Noivas de Santo António são um evento transcendente, interessante, incontornável? Certamente que não. Mas há quem goste e esta é mais uma inacreditável cedência a várias coisas e uma descriminação como outra qualquer.
«Num comunicado acabado de chegar às redacções, o presidente da autarquia, António Costa, declara que, afinal, não é sua intenção “propor à Igreja qualquer alteração ao actual modelo em decorrência da entrada em vigor da legislação que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Este comunicado surge após um artigo publicado na edição de hoje do "Diário de Notícias" segundo o qual a Igreja iria abandonar a iniciativa destinada a promover o matrimónio na cidade, e que nos últimos anos passou a incluir também uniões civis e de outros credos, e não apenas católicas. O Patriarcado nega uma relação directa entre a intenção de se desvincular dos Casamentos de Santo António e o anúncio feito pela autarquia da sua abertura a uniões gay, preferindo aludir a críticas dos fiéis sobre a forma como têm decorrido as últimas edições – precisamente com casamentos civis e entre pessoas de outras religiões.
“Sendo uma iniciativa municipal, os Casamentos de Santo António resultam de um entendimento com a igreja católica, pelo que nunca houve alteração a este evento que não tivesse sido acertada com a Igreja”, refere o comunicado de António Costa. “Foi neste quadro que se introduziram os casamentos civis e de outras confissões religiosas”.
“É claro para o presidente da Câmara de Lisboa que, sem prejuízo de considerar o respeito a qualquer fórmula de constituir família, é necessário respeitar os sentimentos religiosos associados à figura de Santo António, um santo da Igreja Católica Apostólica Romana”, prossegue. “Para que não haja equívocos, não haverá qualquer alteração ao actual figurino dos Casamentos de Santo António que não seja previamente acertada com a Igreja”.
Quanto à posição da câmara de há dois dias, António Costa refere-se a ela como uma informação errada prestada pelos serviços municipais.»
5 comments:
Cara Joana, sejamos construtivos...
Eu tenho alguma dificuldade em entender o que motiva os noivos de Stº António a aceitar participar na encenação pública do seu próprio casamento, mas a realidade mostra-nos que aceitam.
Também tenho dificuldade em entender porque casais homossexuais teriam interesse em aceitá-lo, mas tenho de conceder que é uma possibilidade, pelo menos para aqueles mais mediáticos que encenam repetidamente o seu casamento na escadaria da AR.
Mas a possibilidade não é isenta de inconvenientes.
Os noivos de Stº António podem não gostar de ver o casal gay ao lado a dar linguados durante o seu próprio casamento.
E as noivas podem não gostar de ver os noivos a olhar gulosos para o casal de lésbicas a dar linguados e a sonhar com geometrias variáveis ainda antes da noite de núpcias.
A Igreja não gosta certamente da ideia, com toda a coerência.
E a Maçonaria já não é o que era, e prefere conviver pacificamente com a Igreja.
Tudo somado, a ideia parece votada ao insucesso.
Mas podemos ser construtivos e sugerir uma alternativa viável.
Bebendo inspiração na ética republicana, e pegando na encenação vezes sem conta repetida, porque não instituir os "Casamentos de S. Bento"?
Abertos a casais homossexuais, claro, mas também a casais heterossexuais, para não correr o risco de o senhor Presidente da República vetar a medida por ser descriminatória.
Já te respondi no Facebook, mas repito aqui: S. Bento também é nome de santo e, além disso, pareceria uma indirecta ao actual papa! Não vejo solução à vista!!!
Eu ainda não respondi no Facebook, nem sei se devo ou se a repetição da resposta pode ser tomada por uma insistência deselegante na etiqueta das redes sociais?
Conto com a tua sábia sugestão...
O padre Melícias tem toda a legitimidade para opinar e até influenciar uma iniciativa conjunta da CML e da Igreja, como são os casamentos de Stº António.
E também tem toda a legitimidade para opinar sobre os casamentos de S. Bento.
Não tem é legitimidade para influenciar uma iniciativa que seria da exclusiva responsabilidade da CML.
De qualquer modo, mesmo que não pudesse ser em S. Bento, podia ser na própria sede da CML no largo do Município, seriam casamentos à francesa.
Não teriam era a asa protectora do santo a abençoar os nubentes...
Podes comentar onde quiseres, aqui e / ou no Facebook, o público não é necessariamente o mesmo.
Que tal passar os casamentos para 5 de Outubro e na CML como sugeres? Passavam a laicos e republicanos!
Ora nem mais!
Os católicos não vão ficar muito chateados porque vão achar que é mais uma mariquice da Maçonaria como os festivais de cinema gay e outras que tais.
Oa Maçons vão ficar encantados com a referência republicana.
E os votos jorrarão em catadupa, os dos noivos, e os dos eleitores.
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