A «crise» atingiu a tal ponto as francesas que estas gastaram em 2009 apenas 93 euros (18.600$00) por ano em lingerie. Nada de grave, ao que parece, apenas uma queda de 4,5% - provavelmente meio sutiã a menos. Outra novidade é que as maiores consumidoras não são as mais jovens, mas sim as que pertencem à faixa etário dos 45 aos 54 anos (et pour cause, digo eu…)
Nunca me passou pela cabeça contabilizar quanto é que gasto, ou gastei, com roupa interior, mas isto, como média nacional, parece-me «ligeiramente» exagerado, não?
O canto do cisne da bela e velhíssima Europa, em todo o seu esplendor. Com um cambojano (com sorte) a trabalhar 364 dias para ganhar o que as descendentes de Madame de Pompadour usam por baixo das saias.
Demagogia da minha parte? Esperemos pela pancada.
Nunca me passou pela cabeça contabilizar quanto é que gasto, ou gastei, com roupa interior, mas isto, como média nacional, parece-me «ligeiramente» exagerado, não?
O canto do cisne da bela e velhíssima Europa, em todo o seu esplendor. Com um cambojano (com sorte) a trabalhar 364 dias para ganhar o que as descendentes de Madame de Pompadour usam por baixo das saias.
Demagogia da minha parte? Esperemos pela pancada.
(Fonte)
4 comments:
demagogia? a mim soa-me mais a moralismo (espero que nao consciente)...já viu se fossem feitas médias semelhantes com tabaco, alcool, drogas leves, entradas em discotecas, jantares, enfim com uma série de prazeres que podemos ter e compará-los com realidades completamente dispares? era estranho, nao era...
Mas isto é um exemplo como outro qualquer e não se trata só de comparações, mas sim da incapacidade de a Europa se convencer de que o futuro não vai permitir coisas destas. Para que fiquem os dedos, terão de ir muitos anéis.
Joana, mas o exemplo que dá prende-se com os "valores", os "vicios" individuais. Creio que concordo consigo, se o que quer dizer é que o nosso estilo de vida colectivo é insustentável justamente porque se faz à custa dos países sub-desenvolvidos ou em vias de desenvolvimento. Mas antes dos nossos pequenos vicios privados, creio que uma incidencia sobre os métodos de gestao (privada e publica), sobre o nosso endividamento e sobre a forma como vemos o comércio global (sem principios, sem ética de compra justa)seria mais certeira...
Claro, Rafael, mas não se pode estar sempre a falar no plano dos grandes princípios. O que quis mostrar, com um exemplo que me caiu por acaso no ecrã, é que a Europa não vai aguentar esta vida de rica que não é, até porque o resto do mundo não vai deixar - independentemente da injustiça que isso constitui.
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