7.3.10

And the winner is


Conan O’Brien aderiu ao Twitter há poucos dias e tem neste momento mais de 566 mil seguidores. Decidiu seguir apenas uma pessoa e Sarah Killen, a escolhida, que tinha apenas 3 pessoas interessadas no que «tuitava» (e que é pouco…), tem no momento em que escrevo 15.423.

Conan O’Brien quis mudar a vida de uma pessoa, vá lá saber-se porquê, e já o conseguiu: entrevistas na MTV, projecto de uma boda com milhares de convidados e tudo o que ainda se seguirá. Com um simples acto gratuito e aparentemente absurdo - e esse é o aspecto interessante da notícia -, acertou em cheio no alvo de um estranho mundo onde as audiências são quem mais ordena - sejam elas quais forem, com objectivos definidos ou nem por isso.

(Ocorre-me agora que isto também podia funcionar para blogues: se alguém conseguisse ser «linkado» sistematicamente por A pipoca mais doce, que tem 12.000 visitas diárias, tinha o sucesso garantido!)

3 comments:

Manuel Vilarinho Pires disse...

Joana, parabéns!

Descoberta útil, num país cujos últimos primeiro-ministros foram escolhidos de entre os comentadores televisivos, mais fáceis de distinguir pelas marcas de roupa que vestem (um mais Burberry's, outro mais Armani) do que pelas opções ideológicas ou governativas, e em que o comentador que fala melhor e se veste melhor só não é primeiro-ministro porque não quer!

PS: Mas, pelo sim, pelo não, já foi chutado para fora da antena pelos dois, um com menos "souplesse" do que o outro...

Joana Lopes disse...

Muito bem visto, Manel. Estive para ir por aí, acredita, mas resolvi ficar-me pelos bloggers.

Manuel Vilarinho Pires disse...

Infelizmente, o que tem de benigno a via por onde tu foste, aquela por onde eu fui tem de maligno.
Eu tenho uma confiança enorme no poder de encaixe e regeneração da Democracia, mas a escolha de líderes entre as "caras bonitas" da TV não é um dos factores que me consolidou essa confiança.
E o que é curioso é que os ideólogos da publicidade, a religião mais crida e mais querida pelos políticos actuais, desaconselham a utilização de figuras públicas na publicidade.
Dizem que os consumidores tendem a reter a imagem da figura pública e a esquecer a mensagem do anunciante.
Basicamente, era mais ou menos isso que eu dizia há umas semanas sobre o Sócrates e o PS (e a esquerda, que ainda não percebi para que serve... mas não perdi a esperança de um dia vir a perceber).