20.3.10

Quando eu comecei, era assim

8 comments:

Diogo disse...

Curioso. O seu post vem mesmo a propósito do meu!

Anónimo disse...

Também eu.
Os discos manipulados no filme tinham a "barbaridade" de 20 MEGA as "consolas" tinham papel(?) e os cpu tinham luzinhas que piscavam.
Tudo perdeu esse "charme".

José Barroso Dias disse...

Olá Joana, quando eu comecei, também... Este teu post fez-me reviver as imensas horas que eu passei na cave da Duque de Palmela a compilar programas na 360/20, com milhares de linhas de código escritas pelos nossos colegas programadores e perfuradas em cartões de 80 colunas pelo grupo da Margarida Valério. Para já não falar da 1401, junto da qual passava dias a processar salários dos nossos clientes do DCS, depois de ter "ordenado" e "intercalado" milhares de cartões de 80 colunas, sob o olhar atento e exigente do sr. Cunha.

Joana Lopes disse...

E poupava-se meios bytes - coisa cara, nessa altura.

Joana Lopes disse...

Pela 20 passei de raspão. Mas quantas madrugadas na 360/30, quando a multiorogramação ainda era uma miragem e conseguia 1h de «máquina dedicada», das 4h às 5h, para testar programas para o Banco de Portugal que ainda não tinha computador...

Manuel Vilarinho Pires disse...

Poupava-se nos cartões!
No 1º ano do IST, em 1975/76, era pouco dedicado à coisa...
Mas engracei com a Introdução aos Computadores, umas turmas tinham Fortran, outras PL/I, a mim calhou-me o PL/I.
O trabalho final era escolhido entre uma série de propostas, e a mim apeteceu-me experimentar uma que o assistente dizia que nunca ninguém tinha conseguido fazer antes, as "Torres de Hanói".
Um noite meti os pés ao caminho e, entre as 11 e as 3 ou 4 (era a hora a que estudava melhor), lá consegui perceber o algoritmo e escrevinhar o programa, que no dia seguinte perfurei e passei no IST.
Os cartões pagavam-se, um programa de 40 linhas saía mais barato que um de 60, ou mesmo de 41, e comentários nem pensar!
A coisa correu bem, tive um 18 no meio dos meus desgraçados aptos (e não aptos) do 1º ano, até tive de fazer oral com o regente, que era o Mendes dos Santos.
Uns anos depois, já estava na IBM, encontrei o programa na arrecadação, e tentei descodificá-lo.
Tinha menos de uma página, e os truques que tinha usado para minimizar o número de cartões fizeram dele uma fortaleza inexpugnável, que nunca consegui entender...

Joana Lopes disse...

Há mil histórias que poderiam ser contadas, a era dos cartões marcou-nos a todos. Ainda hei-de escrever um post, Manel, sobre o desespero de um ex-colega nosso, daltónico, que tinha que processar as quotas do Benfica tendo em conta as diferentes cores dos cartões.

Anónimo disse...

Eu na época era mecanógrafa. Produzia os cartões perfurados.

Por acaso em relação ao trabalho não tenho muitas saudades. Foi sempre sendo facilitado. Doutras coisas, sim, tenho muitas

Maria