11.5.10

Habemos papa (3)


Posso estar a ser hoje muito intransigente, mas paciência.

Há pouco, a família Cavaco Silva em peso recebeu o papa na sede da Presidência da República. Em nome de quê e de quem?

Que eu saiba, a casa familiar situa-se na Travessa do Possolo, a tal das marquises de alumínio, e não em Belém. Bento16 talvez não desdenhasse de um lanchezito preparado pela D. Maria.
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5 comments:

Manuel Vilarinho Pires disse...

...já as "marquises de alumínio" foram um golo na própria baliza...

Nem todos os primeiros-ministros vivem na Quinta da Marinha, nem têm casas compradas a off-shores em prédios de arquitecto com dinheiro que não se percebe de onde veio.
Alguns foram vivendo dos seus rendimentos de trabalho, compraram um apartamento pequenito mas com varanda, inútil com a vista feia dos outros prédios e o fumo e o barulho, e aumentaram uns poucos de m2 a casa à custa da varanda com uma marquise...
Isso pode dizer alguma coisa sobre as suas origens sociais, mas não os inibe de poderem exercer cargos políticos com alguma dignidade.

Um a um ao intervalo!

Pinto de Sá disse...

Como notariam os camaradas chineses, é que tratou-de do encontro de dois Chefes de Estado... :-)

Joana Lopes disse...

Ora essa, Manel. Eu também tenho uma marquise de alumínio, comprada já com o chorudo ordenado que a madrinha nos pagava, e não é na Lapa! :-)
Ao papa dos pobres, não ficaria mal comer uns pasteis, mesmo de Belém, EM CASA do cidadão Aníbal---

Manuel Vilarinho Pires disse...

Eu posso ter sido um bocado injusto, mas habituei-me a perceber que muitos dos motivos porque se diminuia (eu incluído) o Doutor Cavaco Silva quando ele era PM advinham de ele ter origens humildes, e isso incluía coisas como a pronúncia saloia, os perdigotos a falar, as fotografias da tropa, e também a marquise.

Eu também tenho, não uma, mas duas marquises de alumínio em casa.
Quanto à Lapa, fui desde bebé visita de uma casa de familiares na R. de S.Ciro, e percebi que havia na Lapa lado a lado, frente a frente, casas velhas habitadas por pessoas que passavam fome e mandavam os filhos pedir na rua, e palacetes habitados por pessoas que comiam bem.
A rua do Patrocínio nem é uma coisa nem outra, tem prédios dos anos 50-60 com uma arquitectura normalíssima que podia ser de qualquer rua da Amadora.
As marquises lá não ficam mal nem bem...

O "barrete" do golo na própria baliza posso eu enfiá-lo bem, e quem nunca olhou para o homem diminuindo-o pelas suas origens humildes que me atire a primeira pedra. Mas acredito que não tenha sido apenas eu...

Ana Cristina Leonardo disse...

espero não ofender ninguém, nem sequer o presidente da república, mas eu NUNCA tive marquises de alúminio (nem na lapa)