O problema não é novo: as abelhas são mesmo indispensáveis. Há literatura e até blogues sobre o tema e, sobretudo, um filme Le silence des abeilles, de Doug Shultz (2007), exibido em 2008 pelo canal «National Géographic».
O excerto que o vídeo mostra é impressionante. Numa região da China onde a utilização intensiva de pesticidas resultou no desaparecimento das abelhas, centenas de trabalhadores (podiam ser milhões…) fecundam manualmente as flores das pereiras.
«Só na China!», é a primeira reacção – para já, enquanto a mão-de-obra é barata, apesar de não poder competir com a das abelhas que trabalham em regime de voluntariado.
Além disso, talvez seja bom realizarmos que não seriam só as pêras a desaparecerem das nossas mesas, mas toda a fruta, o mel (obviamente…) e também o café e até o chocolate. Restaria o chá, para felicidade dos britânicos e dos agricultores de Darjeeling, mas é um pouco restritivo para os nossos hábitos.
E convém não esquecer que Einstein terá dito que «se as abelhas desaparecessem da face da terra, a espécie humana teria somente mais quatro anos de vida». Também é verdade que não contava com a ajuda dos chineses…
(A partir de um post de Virgílio Vargas, no Facebook)
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4 comments:
Isto é tão incrível que parece notícia de primeiro de Abril!
Entretanto, ocorre-me uma questão: não é possível repovoar a região com abelhas?
Boa pergunta, Helena, mas não entendo nada de «pesticidas» e pode ser que o efeito leve muito tempo a passar.
Absolutamente extraordinário!
É certo que é necessária paciência de chinês para proceder à polinização de tanta flor, mas acaba por só ser possível graças à persistência e à necessidade de sobrevivência.
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